De menino de Três Corações (MG) a maior jogador do mundo: a trajetória de Pelé

Pelé comemora a vitória do Brasil na Copa do Mundo de 1970 no Estádio Azteca, na Cidade do México, após vitória sobre a Itália — Foto: AP/Arquivo 1 de 5 Pelé comemora a vitória do Brasil na Copa do Mundo de 1970 no Estádio Azteca, na Cidade do México, após vitória sobre a Itália — Foto: AP/Arquivo

Pelé comemora a vitória do Brasil na Copa do Mundo de 1970 no Estádio Azteca, na Cidade do México, após vitória sobre a Itália — Foto: AP/Arquivo

Edson Arantes Nascimento, o Pelé, o maior jogador de futebol do mundo, morreu nesta quinta-feira (29) aos 82 anos, em São Paulo.

Ele estava internado desde o dia 29 de novembro no Hospital Albert Einstein, na Zona Sul de São Paulo, para reavaliação da quimioterapia contra o tumor de cólon e o tratamento de uma infecção respiratória.

Eterno rei do futebol, ele ganhou projeção no Santos e se consagrou na seleção brasileira. Foi o único atleta na história a ganhar três Copas como jogador.

Foto de 1945 mostra Pelé (agachado à direita), aos 5 anos de idade, em Bauru, no interior de São Paulo. Ele era conhecido como Dico e já amava futebol — Foto: Estadão Conteúdo/Arquivo 2 de 5 Foto de 1945 mostra Pelé (agachado à direita), aos 5 anos de idade, em Bauru, no interior de São Paulo. Ele era conhecido como Dico e já amava futebol — Foto: Estadão Conteúdo/Arquivo

Foto de 1945 mostra Pelé (agachado à direita), aos 5 anos de idade, em Bauru, no interior de São Paulo. Ele era conhecido como Dico e já amava futebol — Foto: Estadão Conteúdo/Arquivo

Edson Arantes do Nascimento nasceu no dia 23 de outubro de 1940 em Três Corações, no sul de Minas Gerais, em uma família humilde, filho de Celeste e de João Ramos do Nascimento, jogador de futebol conhecido como Dondinho.

Desde criança, já com o apelido de Pelé, ele queria seguir os passos do pai no esporte. Sua família se mudou para Bauru, no interior de São Paulo, e lá ele começou a carreira no futebol amador de campo e de salão.

Aos 15 anos, Pelé foi levado para fazer um teste no Santos. Foi contratado pelo clube em 1956 e já começou a se destacar na equipe. No ano seguinte, foi convocado para a seleção brasileira, que se preparava para a Copa de 58.

Aos 17 anos, ele foi para a Copa na Suécia e, mesmo sendo reserva nos dois primeiros jogos, marcou seis gols e ajudou o Brasil a ser campeão pela primeira vez. No ano seguinte, foi artilheiro do Campeonato Sul-Americano de Futebol de 1959.

Na Copa de 1962 no Chile, consagrado no Santos, ele fez uma boa partida contra o México na estreia, mas sofreu uma distensão muscular contra a Tchecoslováquia e não jogou o resto do torneio. Em 1966, também sofreu lesões nos jogos contra a Bulgária e Portugal.

Em 1970, já chamado de o "rei do futebol", Pelé viveu o auge da sua carreira na Copa do México aos 29 anos. Em seis jogos, ele fez quatro gols, seis assistências, encantou o mundo e ajudou o Brasil a levar o tricampeonato.

Com a taça, se tornou o único atleta na história a ganhar três Copas como jogador.

Pelé é cercado por uma grande multidão em 30 de março de 1971 na Champs-Elysées, em Paris — Foto: Staff/AFP/Arquivo 3 de 5 Pelé é cercado por uma grande multidão em 30 de março de 1971 na Champs-Elysées, em Paris — Foto: Staff/AFP/Arquivo

Pelé é cercado por uma grande multidão em 30 de março de 1971 na Champs-Elysées, em Paris — Foto: Staff/AFP/Arquivo

Quando chegou ao Santos, o time era o bicampeão paulista, em uma época em que os estaduais eram os mais importantes do calendário.

Mesmo assim, levou apenas um mês para estrear na equipe principal. Em um amistoso contra o Corinthians de Santo André, entrou no segundo tempo e marcou o sexto gol da vitória por 7 a 1 – seu primeiro com a camisa santista.

Ao longo de sua carreira no Santos, ganhou 23 títulos com o time, e se sagrou artilheiro em grande parte deles. Nesses 18 anos, marcou 1.088 gols em 1114 partidas, com uma média de 0,97 por jogo.

Os grandes destaques, além dos estaduais, ficam com as conquistas das Libertadores e dos Mundiais Interclubes de 1962 e 1963.

Em de outubro de 1974, Pelé fez sua última partida em solo brasileiro. Com a camisa alvinegra santista, participou da vitória sobre a Ponte Preta por 2 a 0.

Pelé comemora no vestiário da equipe do Santos F.C. após conquista do título do Campeonato Paulista de Futebol, em maio de 1968 — Foto: Estadão Conteúdo/Arquivo 4 de 5 Pelé comemora no vestiário da equipe do Santos F.C. após conquista do título do Campeonato Paulista de Futebol, em maio de 1968 — Foto: Estadão Conteúdo/Arquivo

Pelé comemora no vestiário da equipe do Santos F.C. após conquista do título do Campeonato Paulista de Futebol, em maio de 1968 — Foto: Estadão Conteúdo/Arquivo

No ano seguinte, estreava pelo Cosmos, de Nova York. Apesar de estar longe de sua melhor forma física, ajudou a popularizar o esporte nos Estados Unidos.

Lá se aposentaria em uma partida que envolvia os dois clubes pelo qual jogou em frente a um público de cerca de 60 mil pessoas. Em 1977, vestiu a camisa do Cosmos no primeiro tempo e marcou um gol. No segundo tempo, defendeu o Santos.

Sua despedida da seleção brasileira veio apenas em 1990. Aos 50 anos, Pelé jogou um amistoso na Itália contra um combinado de jogadores estrangeiros.

Ao fim de sua carreira, ele registrava a marca de 1.365 jogos, com 1.283 gols. Pelé então se tornou um embaixador mundial do esporte. O ex-jogador foi ministro do Esporte entre 1995 e 1998, após aceitar convite do então presidente Fernando Henrique Cardoso.

Estrela nos gramados, Pelé também brilhou em diversas campanhas publicitárias e participou de filmes e de gravações musicais.

Pelé acena antes da partida final da Copa das Nações Africanas entre Costa do Marfim e Zâmbia no Stade de L'Amitie em Libreville, Gabão, em 12 de fevereiro de 2012 — Foto: Francois Mori/AP/Arquivo 5 de 5 Pelé acena antes da partida final da Copa das Nações Africanas entre Costa do Marfim e Zâmbia no Stade de L'Amitie em Libreville, Gabão, em 12 de fevereiro de 2012 — Foto: Francois Mori/AP/Arquivo

Pelé acena antes da partida final da Copa das Nações Africanas entre Costa do Marfim e Zâmbia no Stade de L'Amitie em Libreville, Gabão, em 12 de fevereiro de 2012 — Foto: Francois Mori/AP/Arquivo

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