Padilha assume Secretaria de Relações Institucionais e diz que buscará diálogo com a oposição
Alexandre Padilha assume a Secretaria de Assuntos Institucionais do governo Lula — Foto: Reprodução
O deputado federal Alexandre Padilha (PT-SP) assumiu nesta segunda-feira (2) o cargo de ministro-chefe da Secretaria de Relações Institucionais da Presidência da República.
A pasta é responsável pela articulação política do governo federal no desenho ministerial do terceiro mandato de Luiz Inácio Lula da Silva (PT).
Em discurso, ele prometeu "diálogo", inclusive com a oposição ao governo no Congresso.
"Esse ministério é o ministério do diálogo. Esse governo, liderado pelo presidente Lula e pelo vice-presidente Alckmin, é o governo do diálogo. Não existe aqui alguém que vai falar de ‘metralhada’ contra a oposição. Essa época acabou", disse ele.
"Neste ministério está proibido insultar, agredir, ameaçar qualquer agente político, seja ele de qualquer partido. Neste ministério do governo do presidente Lula está proibido desrespeitar ou discriminar qualquer pessoa pela sua situação sócio-econômica. Neste ministério está proibido praticar qualquer ato do crime de racismo, do crime da homofobia, da misoginia. É com respeito e diálogo à diversidade que a gente pode dar conta dos desafios que o país tem pela frente", completou.
Padilha já foi ministro da mesma pasta por mais de um ano no final do segundo mandato de Lula. Saiu da função para ser ministro da Saúde no primeiro mandato de Dilma Rousseff (PT).
O deputado petista foi anunciado por Lula como o escolhido para comandar as negociações políticas do governo, especialmente com o Congresso Nacional e partidos políticos, em 22 de dezembro de 2022 e foi empossado por Lula em 1° de janeiro.
O presidente eleito decidiu recriar a Secretaria de Relações Institucionais, pasta que teve status de ministério até 2015, no segundo mandato da presidente Dilma Rousseff.
Desde antes do anúncio, Padilha auxiliou o então presidente eleito nas conversas com as legendas e suas respectivas bancadas para a negociação do espaço que cada sigla teria dentro do governo federal.
No Congresso Nacional, Padilha terá a missão de aumentar e fidelizar a base parlamentar de Lula e atrair apoios para aprovação de projetos e temas de interesse do governo diante de um Congresso conservador.
No discurso, o ministro-chefe da SRI também disse que terá quatro missões durante sua gestão: fortalecer a democracia, fortalecer o diálogo entre os diversos segmentos da sociedade, restaurar o ambiente institucional e cuidar do povo brasileiro.
Segundo Padilha, é preciso ouvir os diversos segmentos da sociedade para formular as políticas públicas.
O evento de posse de Padilha contou com a presença dos ex-presidentes José Sarney (a quem o ministro agradeceu por ser uma espécie de professor durante sua primeira passagem pela SRI) e Dilma Rousseff, de quem Padilha foi ministro.
Durante a cerimônia, Padilha também assinou o ofício que comunica ao Congresso Nacional os nomes dos líderes do governo definidos por Lula.
O senador Jaques Wagner (PT-BA) será líder no Senado Federal. O deputado José Guimarães (PT-CE), na Câmara dos Deputados. Já o senador Randolfe Rodrigues (Rede-AP) será líder do governo no Congresso.
Paulistano, Padilha tem 51 anos e é médico infectologista formado pela Unicamp.
Como ministro da Saúde no governo Dilma, foi o responsável pela implantação de programas como o Mais Médicos, que teve o objetivo de aumentar o número de profissionais na rede pública de saúde em regiões carentes.
No segundo mandato do governo Lula, o médico articulou a aprovação de projetos do Executivo como o Estatuto da Igualdade Racial, a Lei de Consórcios Públicos, a Lei Nacional de Saneamento e o marco regulatório do Pré-Sal, entre outras iniciativas.
Padilha também fez parte da implantação de programas que marcaram o governo Lula, como o Bolsa Família, o Minha Casa Minha Vida e o Programa de Aceleração do Crescimento (PAC).
Ele também foi secretário municipal de Saúde em São Paulo durante a administração de Fernando Haddad (PT).
Nas eleições de 2014, Padilha concorreu ao Governo de São Paulo pelo PT, mas foi derrotado por Alckmin, hoje vice-presidente eleito na chapa de Lula.
Nas eleições seguintes, ele foi eleito deputado federal por São Paulo, pelo PT, com 87 mil votos. Em 2022, foi reeleito com 140 mil votos.
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