Alckmin assume Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços e diz que reindustrialização do país é 'ess

O vice-presidente Geraldo Alckmin (PSB) assumiu nesta quarta-feira (3) o Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (MDIC).

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Alckmin vai acumular as funções de vice-presidente e de ministro. O MDIC foi recriado pelo novo governo. Antes, a estrutura da pasta estava no antigo Ministério da Economia.

Compete ao MDIC desenvolver política industrial e de economia verde, ações voltadas à micro e pequena empresa, políticas de propriedade intelectual e aplicação de mecanismos de defesa comercial.

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) participou da cerimônia, realizada no Salão Nobre do Palácio do Planalto. Foi a primeira posse de ministro do novo governo com a presença de Lula, que cumpre nesta quarta o primeiro dia com agenda cheia no palácio.

No discurso, Alckmin destacou o papel da indústria na geração de empregos, na arrecadação do governo e no desenvolvimento de novas tecnologias. Ele afirmou que o Brasil passou por um processo "precoce" de desindustrialização e defendeu a reindustrialização do país

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Vice-presidente Geraldo Alckmin assume Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços — Foto: Reprodução 1 de 1 Vice-presidente Geraldo Alckmin assume Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços — Foto: Reprodução

Vice-presidente Geraldo Alckmin assume Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços — Foto: Reprodução

Alckmin defendeu a reforma tributária, que classificou como "fundamental", e apontou a necessidade, também, de aperfeiçoar a agroindústria. Ele também fez críticas ao governo Bolsonaro.

"Depois de quatro anos de descaso, de má gestão pública, e de desalinho com os reais problemas brasileiros, o presidente Lula, com acerto, determinou a recriação do MDIC, como uma medida fundamental para o Brasil retomar o caminho do desenvolvimento como já ocorreu nos seus governos bem-sucedidos", disse.

Alckmin também destacou a importância de desenvolver a indústria sem descuidar da questão ambiental. Para ele, o Brasil pode ser "protagonista" no processo de descarbonização da economia global.

Alckmin citou que o ministério terá uma secretaria de economia verde, que atuará em parceria com o Ministério do Meio Ambiente, comandado por Marina Silva (Rede).

Segundo ele, esta agenda é prioritária para assegurar a competitividade dos produtos brasileiros no comércio internacional.

Alckmin também declarou ser "essencial" integrar o Brasil às cadeias globais de comércio e que o país "dará exemplos positivos" a partir de agora. Neste sentido, o vice-presidente ainda defendeu o diálogo com os empresários brasileiros.

Alckmin informou que o MDIC terá na sua estrutura a Câmara de Comércio Exterior (Camex), a Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos (ApexBrasil) e o Banco Nacional do Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES).

O vice-presidente ainda disse que o ministério buscará novos mercados para produtos brasileiros e valorização da imagem do Brasil como "potência agroambiental", mas que também exporta aeronaves, máquinas e serviços de tecnologia da informação.

Alckmin afirmou que a pasta dará atenção a micro e pequenas empresas e que o Brasil precisa incentivar start-ups.

Lula formou o primeiro escalão de seu terceiro governo com 37 ministérios, 14 a mais do que o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL).

Ao ter Alckmin também como ministro, Lula repete a fórmula de ter seu vice-presidente na equipe ministerial. Vice nos mandatos anteriores, José Alencar foi ministro da Defesa.

Alckmin assegurou que Lula terá a "lealdade" e "dedicação integral" dele no trabalho como vice e ministro.

"O senhor terá de mim não apenas a lealdade de um ministro que se soma ao vice, mas a minha dedicação integral em prol de uma agenda que contribua para reverter resultados inaceitáveis que nossa economia vem acumulando nos últimos anos", afirmou.

Alckmin disse que é "inabalável" seu compromisso com Lula, o governo e o país. O vice disse que a aliança com Lula não é por ocasião de uma eleição, mas, sim, por um projeto de país.

Sem citar o ex-presidente Jair Bolsonaro, criticou a instabilidade gerada pelo antigo governo.

"A crise política acaba por fomentar terríveis crises econômicas. A inabilidade política tem custo e é socialmente injusta porque penaliza o mais pobre. Na normalidade democrática é que o país pode crescer e se mostrar justo", disse.

Ex-governador de São Paulo, Geraldo Alckmin tem 70 anos e foi um dos fundadores do PSDB.

Ele deixou o partido no final de dezembro de 2023, após mais de três décadas, depois de aceitar o convite de Lula para ser vice na chapa para as eleições de 2022. Hoje, ele está filiado ao PSB.

Após a vitória na eleição de 2022, Alckmin coordenou os trabalhos da equipe de transição de governo.

Formado em medicina, Alckmin foi vereador e prefeito de Pindamonhangaba, deputado estadual, deputado federal, vice-governador e governador de São Paulo.

Alckmin disputou a Presidência da República duas vezes (2006 e 2018), ambas sem sucesso.

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