Defesa Civil Estadual recomenda desocupação do prédio da Secretaria Estadual de Educação, no Santo Cristo, na Zona Portuária
Rachaduras no prédio da Seeduc — Foto: Arquivo pessoal
O laudo técnico encaminhado pela Defesa Civil recomenda que o edifício que sedia a Secretaria Estadual de Educação, no Santo Cristo, na Zona Portuária, seja desocupado. O prédio está com muitas rachaduras e funcionários estão com medo de trabalhar no local.
A fachada do prédio parece nova. Mas a lateral tem rachaduras imensas por toda a parede. E no alto parece que o prédio está cedendo. A calçada chegou a ser interditada.
Na parte interna do prédio, são péssimas as condições de trabalho no local. Fiação exposta, paredes quebradas, teto sem forro, infiltrações e muitas rachaduras.
Tem funcionário que afirma que já teve de sair correndo do prédio, por conta de tremores na construção.
"Há muito tempo nós, funcionários, temos receio por conta das rachaduras que o prédio tem, tremores. Por diversos momentos desocupamos o prédio na correria porque o prédio balançava", contou um funcionário.
Outro servidor lembra que o problema preocupa há muito tempo.
"O prédio está cedendo. Já houve a interdição total do terceiro andar. Já existe laudo da Defesa Civil, laudo dos Bombeiros mandando interditar o prédio. E nada é feito", disse o servidor.
A produção do RJ1 teve acesso a um laudo técnico que conclui que é "prudente que o prédio seja desocupado em função dos riscos". O documento põe em dúvida a estabilidade do edifício com eventuais deslocamentos de estruturas.
E ressalta também que a redistribuição de cargas implica em risco de ruptura brusca nos pilares sobrecarregados. Por isso, "é recomendado que seja executado o reforço da estrutura".
O presidente da Comissão de Educação da Assembleia Legislativa (Alerj), deputado Flávio Serafini, encaminhou um ofício no dia 21 de dezembro ao governo do estado manifestando preocupação com o parecer e pedindo providências.
"As informações que a gente tem é que esse prédio desde 2014 apresenta problemas construtivos. A gente não pode permitir que servidores sejam submetidos a situação de segurança, com risco de desabamento do prédio e impacto no planejamento da educação. No novo ano letivo a Secretaria de Educação tem que dar conta de executar o início da volta às aulas", disse o deputado.
Alguns funcionários receberam a orientação de trabalhar em casa. Mas a maioria continua trabalhando presencialmente no prédio.
O Ministério Público do Rio de Janeiro instaurou, no dia 19 de dezembro, um procedimento administrativo para apurar as condições do prédio e aguarda informações da Defesa Civil e da Secretaria de Educação.
Os funcionários também estão preocupados. Principalmente porque mais gente, que está em home office, voltar a trabalhar.
"A gente não tem qualquer tipo de segurança. Muito medo de ter que voltar, todo mundo junto e trabalhar num lugar que não vai ter condições de receber a gente", disse uma funcionária.
A Secretaria Estadual de Educação informou que depois de vistorias feitas pelas Defesa Civil Estadual e Municipal, uma das salas foi interditada parcialmente, no último dia 21, e já passou por reparos emergenciais.
A vistoria, segundo a secretaria, não constatou a necessidade de desocupação de todo o imóvel.
A secretaria disse ainda que todas as medidas necessárias para garantir a segurança dos servidores foram tomadas, como o trabalho remoto de profissionais dos espaços que estão em reforma.
A Defesa Civil Estadual afirmou que há risco sim e que o prédio precisa de ser interditado.
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