Corpo de bombeiro atropelado por ônibus em Copacabana é enterrado: 'Estava ali para ajudar', diz sobrinha
O corpo do subtenente aposentado do bombeiro 💥️Gilson Castro da Silva, de 58 anos, que foi atropelado, arrastado e morto por um ônibus na madrugada do 1º de janeiro, em Copacabana, na Zona Sul do Rio, foi enterrado na tarde desta quarta-feira (4), no Cemitério de Ricardo de Albuquerque, na Zona Norte.
Morador de Anchieta, também na Zona Norte, Gilson Castro havia ido com amigos para assistir os fogos da virada de ano. Pouco antes das 5h, quando ele estava na Avenida Nossa Sra. de Copacabana, na altura da Praça do Lido, houve uma confusão entre ele e Valdir. O motorista do ônibus arrancou e passou por cima do militar, que morreu na hora.
1 de 6 Corpo de bombeiro atropelado por ônibus em Copacabana é enterrado — Foto: Rafael Nascimento / g1 RioCorpo de bombeiro atropelado por ônibus em Copacabana é enterrado — Foto: Rafael Nascimento / g1 Rio
O pedreiro 💥️José Castro Silva Filho, irmão do Gilvan, relembrou a trajetória do bombeiro aposentado.
“Meu irmão era um cara trabalhador, ele lutou muito. Foi professor de matemática, oficial dos bombeiros. Infelizmente, teve essa tragédia aí. O cara poderia ter parado, chamado a polícia e tirado ele da frente. Eu quero justiça. Tinha polícia para isso. Ele chamasse a viatura que teriam tirado ele da frente. Eu perdi o meu irmão”, disse José.
2 de 6 Gilson Castro Silva, de 58 anos, era subtenente aposentado dos bombeiros — Foto: Reprodução redes sociais
Gilson Castro Silva, de 58 anos, era subtenente aposentado dos bombeiros — Foto: Reprodução redes sociais
A bancária 💥️Giselle Ferreira da Silva, sobrinha do militar, disse durante o velório que o tio estava tentando ajudar outras pessoas a subirem no ônibus quando foi atropelado. Segundo ela, o motorista foi despreparado.
"O meu tio estava ali para ajudar outras pessoas a entrarem no ônibus. O que o motorista tinha que fazer: puxar o freio de mão e esperar. Qualquer pessoa iria tirar o meu tio dali. Meu tio estava se divertindo, como qualquer pessoa. Nada justifica a morte dele. Poderia ter sido evitada. O cara quis matar, literalmente, o meu tio”, completou.
3 de 6 Parentes se despedem de bombeiro atropelado por ônibus em Copacabana — Foto: Rafael Nascimento / g1 Rio
Parentes se despedem de bombeiro atropelado por ônibus em Copacabana — Foto: Rafael Nascimento / g1 Rio
Outra sobrinha de Gilson, a enfermeira 💥️Danielle Ferreira Castro, junto com outros parentes, levaram cartazes para o velório e cobraram a condenação do motorista.
"A gente quer justiça e que o cara fique preso. O meu tio malhava, tinha uma boa saúde, fazia de tudo pela longevidade e ele faz isso com o meu tio. O meu tio não tinha filho e nós éramos os filhos dele. Ele foi o primeiro da família a se graduar, fez faculdade de matemática e sempre estava lá pra dar apoio para a gente. Meu tio não julgava, ele sempre acolhia. E tiraram isso da gente no início do ano. Ele (motorista) acabou com a nossa família. Ele teve a intenção de matar o meu tio", afirmou Danielle.
4 de 6 Colegas de farda de Gilson prestam homenagem ao bombeiro aposentado — Foto: Rafael Nascimento / g1 Rio
Colegas de farda de Gilson prestam homenagem ao bombeiro aposentado — Foto: Rafael Nascimento / g1 Rio
A advogada💥️ Grazielle Ferreira da Silva, sobrinha do subtenente aposentado, comentou que o motorista e a empresa têm que ser responsabilizados pela morte do tio.
Grazielle ainda lembrou que Gilson adorava viajar e estava muito feliz com a vida que levava.
“O meu tio havia acabado de voltar de Portugal, tinha feito uma lipoaspiração. Estava muito feliz e não merecia isso”, completou.
5 de 6 O caixão de Gilvan foi carregado por colegas de farda. Durante o trajeto, sirenes de viaturas dos bombeiros foram ligadas. — Foto: Rafael Nascimento / g1 RioO caixão de Gilvan foi carregado por colegas de farda. Durante o trajeto, sirenes de viaturas dos bombeiros foram ligadas. — Foto: Rafael Nascimento / g1 Rio
Durante o cortejo, o caixão com o corpo de Gilson foi carregado por colegas de farda. No trajeto, sirenes de viaturas dos bombeiros foram ligadas em homenagem ao militar aposentado.
Vídeos obtidos com exclusividade pelo g1 mostram que o bombeiro aposentado foi arrastado por cerca de 30 metros, apesar do apelo de pedestres para que o motorista parasse ().
As imagens mostram que o corpo fica preso debaixo do coletivo, com a cabeça à frente da roda dianteira direita.
O motorista Valdir das Mercês Junior, de 28 anos, foi preso por suspeita de homicídio doloso – 💥️quando há a intenção de matar.
6 de 6 Cabeça de Gilson ficou debaixo da roda do ônibus — Foto: Reprodução/redes sociaisCabeça de Gilson ficou debaixo da roda do ônibus — Foto: Reprodução/redes sociais
Em depoimento obtido pelo g1, Valdir disse que não viu que Gilson estava à frente do ônibus na hora que acelerou o veículo – o que, segundo a Polícia Civil, é 💥️desmentido pela investigação.
"Em um primeiro momento, ele prestou esclarecimento falso ao narrar o que aconteceu na dinâmica do atropelamento. Nessa ocasião (do depoimento de Valdir), não haviam testemunhas e nem imagens que pudessem contradizer a versão dele. Mas, com avançar das investigações, localizamos testemunhas, e elas foram ouvidas. Além disso, analisamos várias imagens de pessoas que filmaram a ação. A partir daí, não restaram dúvidas sobre a conduta do investigado e o dolo de matar", disse o delegado André Leiras, titular da 12ª DP.
Os vídeos mostram com clareza o momento em que o motorista acelera e derruba vítima, na Avenida Nossa Senhora de Copacabana, na altura da Praça do Lido.
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