Governo renegociará dívidas do consignado do Auxílio Brasil, diz ministro

Os endividados do crédito consignado do Auxílio Brasil, ofertado durante o segundo turno da campanha eleitoral pelo governo do presidente Jair Bolsonaro, serão incluídos no programa Desenrola Brasil - promessa de campanha do presidente Luiz Inácio Lula da Silva para resolver o problema do alto nível de endividamento dos brasileiros.

A informação é do novo ministro do Desenvolvimento Social, Wellington Dias, responsável pelo programa de transferência de renda, que voltará a ser chamado de Bolsa Família na nova administração.

Ele avaliou que é "grave" o problema dos endividados desse empréstimo consignado - 💥feito por meio de desconto direto no valor mensal do benefício.

"O presidente Lula, durante a campanha, já mostrou muita sensibilidade com os endividados. Ele ali já trabalhou o programa Desenrola Brasil. É uma proposta que agora é fruto de um acabamento por um grupo de trabalho, que envolve várias áreas do governo, e que tem por objetivo cuidar de cerca de 80 milhões de pessoas que estão endividadas, em situação de inadimplência", disse ele.

"Tão logo o projeto [Desenrola Brasil] esteja pronto, certamente o presidente vai lançar para o Brasil. E essa área relacionada com o Bolsa Família será tratada com outros endividados do Brasil inteiro, das mais diferentes áreas", acrescentou o ministro Wellington Dias.

Durante a campanha presidencial, o então candidato Luiz Inácio Lula da Silva, que venceu depois as eleições, avaliou que a renda familiar dos brasileiros e brasileiras desabou e o endividamento das famílias explodiu.

"Vamos promover a renegociação das dívidas das famílias e das pequenas e médias empresas por meio dos bancos públicos e incentivos aos bancos privados para oferecer condições adequadas de negociação com os devedores", diz seu plano de governo.

A ideia do governo eleito é avançar na regulação e incentivar "medidas para ampliar a oferta e reduzir o custo do crédito, ampliando a concorrência no sistema bancário". O programa por meio do qual isso será feito se chamará "Desenrola Brasil".

Na campanha, o PT informou que será criado pelo governo um fundo que garantirá crédito para possibilitar a renegociação de dívidas no comércio ou contas da casa - que não se enquadram em "bancárias".

"Os credores que aceitarem participar do programa deverão oferecer opções de desconto, sendo que os que oferecerem o maior terão prioridade", diz.

No caso das dívidas com bancos, a proposta é liberar para as instituições financeiras depósitos "compulsórios" (recursos que têm de ser mantidos no BC pelos bancos) proporcionando "condições adequadas de desconto, prazo e custo para que as famílias paguem suas dívidas acumuladas no cartão de crédito, cheque especial e crédito pessoal".

O BC, entretanto, é autônomo, com mandato fixado para a atual diretoria até 2024 e teria de concordar com a proposta. O atual presidente da instituição, Roberto Campos Neto, foi indicado por Bolsonaro.

Os depósitos compulsórios são recursos dos bancos mantidos no BC como forma de ajudar regular a quantidade de dinheiro na economia e, com isso, ajudar a controlar a inflação.

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