Lula sanciona Dia Nacional de Tradições de Raízes de Matrizes Africanas e Nações do Candomblé
Monumentos de orixás do Dique do Tororó, em Salvador, feitos pelo artista Tatti Moreno — Foto: Reprodução/TV Bahia
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) sancionou, nesta quinta-feira (5), o Dia Nacional das Tradições das Raízes de Matrizes Africanas e Nações do Candomblé, cuja comemoração será em 21 de março.
O projeto de lei que institui no Brasil a nova data comemorativa foi proposto em novembro de 2015 pelo deputado federal Vicente Paulo da Silva (PT), conhecido como Vicentinho. Inicialmente, o ex-deputado federal e sindicalista Carlos Santana propôs a criação da lei em 2010, mas o PL foi arquivado porque Santana não conseguiu se reeleger em 2010.
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O dia 21 de março foi proclamado, em 1966, pela Organização das Nações Unidas (ONU), o Dia Internacional contra a Discriminação Racial. A data foi escolhida em memória às 69 vítimas do massacre de Sharpeville, bairro negro da África do Sul.
O massacre aconteceu durante o Apartheid, regime de segregação racial em que colonizadores brancos britânicos e holandeses classificaram a população em quatro raças (brancos, pretos, mestiços e indianos) para dividir quais cidadãos teriam direitos plenos e quais não.
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2 de 2 Uma multidão de vermelho e branco reverencia Santa Bárbara; no candomblé, a festa está associada à Iansã. Foto de dezembro de 2022 — Foto: Max Haack / Agência Haack
Uma multidão de vermelho e branco reverencia Santa Bárbara; no candomblé, a festa está associada à Iansã. Foto de dezembro de 2022 — Foto: Max Haack / Agência Haack
Os brancos tomaram para si quase todo o território, cerca de 87%, expulsando 3,5 milhões de pessoas das áreas em que residiam. Os negros foram obrigados a viver em cidades-dormitório, chamadas de "townships" e reservas étnicas, os "banstustões".
Durante o apartheid, negros eram obrigados a pedir permissão para viajar, sob risco de prisão e multa. O regime foi instaurado em 1948 por um pastor protestante de ascendência francesa, Daniel François Malan, e terminou, de fato, em 1994, após as eleições livres que alçaram Nelson Mandela à presidência.
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