PM é preso por suspeita de matar morador de rua que dançava na Zona Sul de SP

Homem foi encontrado morto na Zona Norte de São Paulo — Foto: Reprodução/TV Globo 1 de 1 Homem foi encontrado morto na Zona Norte de São Paulo — Foto: Reprodução/TV Globo

Homem foi encontrado morto na Zona Norte de São Paulo — Foto: Reprodução/TV Globo

Um policial militar foi preso em flagrante sob suspeita de atirar e matar um morador de rua na Zona Sul da capital paulista no domingo (8). Silvio Ferreira Coelho, de 48 anos, dançava na calçada da Avenida Carlos Lacerda, no Campo Limpo, perto de pequenas casas noturnas, quando tomou um tiro e morreu. O PM estava de folga.

Testemunhas contaram para a polícia que um homem alterado se irritou com a dança, sacou uma arma enquanto comia um lanche e atirou no rosto do rapaz, que morreu. O atirador foi identificado como Renato Tavares Rocha, policial militar de 40 anos que estava de folga e se divertia com uma arma da corporação na cintura.

Os policiais que o prenderam contaram na delegacia que o PM passou mal, foi reanimado no pronto-socorro do Campo Limpo e está preso em flagrante por assassinato.

Na Zona Norte da capital, guardas encontraram outra pessoa em situação de rua sem vida. Ela estava na calçada da Alameda Sargento Assad Feres, no Parque Novo Mundo. Tinha dois cobertores, frascos de remédios e uma escova de cabelo.

Na manhã desta segunda-feira (9), um morador da região parou uma equipe da Guarda Civil Metropolitana (GCM) e pediu ajuda. A equipe médica constatou que Aguinaldo Thomaz, de 51 anos, que vivia nas ruas da região, já estava morto. Não havia marcas de violência.

“Com a gente, brincava normal. E era assim. Bebia, apenas isso”, disse Roberto Carlos Martins.

Do local onde o homem morreu até o centro de acolhimento são 90 passos. A Secretaria Municipal de Assistência e Desenvolvimento Social informou que Aguinaldo Thomaz tinha vaga fixa, mas não dormiu na unidade nas últimas duas noites.

Ainda segundo a secretaria, casos em que o atendido apresenta embriaguez não são impeditivos para que ele possa adentrar ao serviço.

No caso da pessoa morta pelo PM de folga, a SSP informou que o policial está internado sob escolta e a corregedoria da Polícia Militar foi acionada.

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