Um dia após desmontagem de acampamento golpista no Rio, praça tem pallets amontoados, roupas abandonadas e muito lixo
Lixo e entulho amontoados após fim do acampamento golpista no Rio de Janeiro — Foto: Reprodução/TV Globo
A 💥️Praça Duque de Caxias, no Centro do Rio de Janeiro, amanheceu nesta terça-feira (10) ainda repleta de lixo e entulho. A área, em frente à sede do Comando Militar do Leste (CML), ficou cerca de dois meses ocupada por bolsonaristas.
Nesta segunda-feira (9), após a ordem de desocupação expedida pelo ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), os golpistas saíram do acampamento, mas deixaram para trás roupas, mobiliário e detritos. Pallets (estruturas de madeira) sobre os quais as barracas foram erguidas também ficaram empilhados.
Enquanto retiravam bandeiras e faixas com dizeres antidemocráticos, bolsonaristas xingavam e ameaçavam jornalistas. Um fotógrafo chegou a ser agredido. Ninguém foi preso.
A praça é uma área militar, e cabe ao Exército limpá-la. A Prefeitura do Rio ofereceu ajuda para a remoção do entulho.
2 de 3 Pallets usados no acampamento golpista no Rio — Foto: Reprodução/TV GloboPallets usados no acampamento golpista no Rio — Foto: Reprodução/TV Globo
Durante a retirada, os radicais agrediram e ameaçaram jornalistas. Um fotógrafo recebeu tapas enquanto registrava a movimentação.
“Eu estava fazendo as imagens fotográficas aqui na Central, com a desmontagem desse acampamento bolsonarista, quando fui, literalmente, agredido por alguns que não gostaram da minha atitude em relação às fotos que foram tiradas", disse 💥️Marcos Vidal, que é repórter fotográfico da Agência Futura e estava trabalhando para o jornal “Folha de S.Paulo”.
3 de 3 Radical ameaça jornalistas no Rio — Foto: Reprodução/TV GloboRadical ameaça jornalistas no Rio — Foto: Reprodução/TV Globo
Por pelo menos duas vezes, golpistas reunidos em frente ao CML interromperam a circulação dos bondes do VLT e afetaram o trânsito da Avenida Presidente Vargas. Um desses atos ocorreu em 6 de novembro, domingo seguinte ao segundo turno das eleições. Outro foi no 15 de novembro.
Desde então, o número de bolsonaristas radicais vinha oscilando, mas o acampamento jamais foi desfeito.
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