Polícia prende dupla que aplicava golpes bancários, principalmente em idosos, no Rio

A polícia prendeu, na terça-feira (10), uma dupla de estelionatários que se passava por funcionários de bancos para aplicar golpes, principalmente em idosos. Mas o chamado golpe da mão fantasma - de instalação de um aplicativo no celular da vítima, a pedido dos criminosos - não funcionou. A dupla, então, migrou para o golpe do motoboy.

A vítima desconfiou quando eles pediram para que ela entregasse o aparelho supostamente com vírus a um motoboy e chamou a polícia.

Claudiano Barbosa do Nascimento, de 31 anos, e Nathália Leirinha Mothé, de 32 anos, foram presos em flagrante. A dupla foi levada para a 42ª DP (Recreio dos Bandeirantes).

A vítima contou que polícia os detalhes do golpe. Um estelionatário, se passando por funcionário de um banco, ligou para ela. Ele queria confirmar se a cliente tinha feito uma transferência bancária. A aposentada negou. E o golpista disse que o setor de fraudes do banco tentaria cancelar essa operação suspeita. Para isso, primeiro, a vítima teria de confirmar seus dados pessoais.

A segunda parte dos golpes era convencer a vítima de que o celular dela estava com um vírus. Com isso, era necessário instalar um aplicativo no aparelho para ter mais segurança.

Depois da instalação do aplicativo, os golpistas conseguiam acessar o aparelho remotamente, como explicou o delegado Neilson Nogueira.

"Ele chegou a controlar remotamente todo o dispositivo e tentou realizar diversas ações fraudulentas, mas não conseguiu concretizá-las. Em razão disso, ele acabou migrando o plano criminoso para o golpe do motoboy. Convencendo a vítima a entregar o seu telefone celular com chip a um motoboy e uma suposta funcionária do banco. E, em contrapartida, eles deixariam um telefone novo para ser utilizado pela vítima enquanto esse aparelho telefônico era analisado pelo setor de fraudes da instituição", contou o delegado.

Quando do pedido da entrega do celular, a vítima desconfiou do procedimento. Ela, então, foi até uma agência bancária. Lá, a cliente foi informada que essa não era a conduta dos bancos.

Segundo a polícia, a intenção dos estelionatários era usar dados pessoais e telefones recolhidos das vítimas para contratar empréstimos e fazer transferências bancárias.

A idosa procurou a delegacia. E polícia prendeu em flagrante o suposto motoboy e a falsa funcionária do banco quando eles chegaram na casa da vítima para trocar os celulares.

"Esses indivíduos integram uma organização criminosa especializada na modalidade conhecida como golpe da mão fantasma, que consiste numa manipulação psicológica por meio da qual esses indivíduos acabam convencendo a vítima a adotar certos comportamentos que os permitem obter informações confidenciais para dessa forma realizar operações fraudulentas", explicou o delegado.

Os criminosos vão responder por organização criminosa, invasão de dispositivo informático e tentativa de fraude eletrônica.

"É importante frisar que os bancos nunca ligam para os seus clientes solicitando a instalação de aplicativos, solicitando número de cartões ou de senhas. E tampouco pouco pedem para que seus clientes entreguem cartões, telefones, chips ou quaisquer objetos a motoboys da instituição bancária. Diante de qualquer ligação nesse sentido, a pessoa deve entrar em contato imediatamente com a sua agência bancária. De preferência utilizando um telefone diferente daquele em que ela recebeu essa ligação e procurar a delegacia mais próxima", orientou o delegado Neilson Nogueira.

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