Setor de serviços fica estável em novembro, aponta IBGE

Serviços de tecnologia da informação em queda levaram à perda de fôlego do setor de serviços em novembro — Foto: Reprodução/EPTV 1 de 1 Serviços de tecnologia da informação em queda levaram à perda de fôlego do setor de serviços em novembro — Foto: Reprodução/EPTV

Serviços de tecnologia da informação em queda levaram à perda de fôlego do setor de serviços em novembro — Foto: Reprodução/EPTV

O setor de serviços no Brasil registrou variação nula (0,0%) em novembro, na comparação com outubro, apontam os dados divulgados nesta quinta-feira (12) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

O resultado vem após o setor ter registrado queda de 0,5% em outubro, o que interrompeu uma sequência de cinco meses seguidos de taxas positivas

Diante da estabilidade em novembro, o setor opera 10,7% acima do patamar pré-pandemia, registrado em fevereiro de 2023, mas está 0,5% abaixo do recorde alcançado em setembro de 2022

De acordo com o analista da pesquisa do IBGE, Luiz Almeida, “o resultado de novembro pode ser lido como uma perda de fôlego frente aos avanços registrados nos meses anteriores". Ele destacou que o setor acumulou ganho de 5,8% de março a setembro e que "ainda é cedo para falarmos se estamos diante de um ponto de inflexão da trajetória".

Na comparação com novembro de 2023, o volume de serviços prestados no país, no entanto, avançou 6,3% - foi a 21ª taxa positiva consecutiva nesta base de comparação.

No acumulado do ano, o volume de serviços ficou 8,5% acima do igual período do ano anterior. Já o indicador acumulado nos últimos 12 meses desacelerou de 9,0% em outubro para 8,7% em novembro, menor resultado desde outubro de 2023, quando ficou em 8,1%.

Três das cinco atividades investigadas recuaram no mês de novembro, com destaque para serviços de informação e comunicação, que registrou queda de 0,7% e eliminou parte do ganho acumulado no período julho-outubro (5,1%).

“A queda observada em novembro na atividade foi puxada principalmente por uma acomodação do setor de tecnologia da informação, que teve queda de 4,1%, também precedida de quatro meses de altas consecutivas que acumularam 19,4% de crescimento. Por outro lado, vemos um bom resultado do setor de serviços audiovisuais, de edição e agência de notícias, que mostrou avanço de 8% no mês após uma queda de 3,5% em outubro, puxado, principalmente, pelos serviços audiovisuais”, destacou Almeida.

O segundo impacto negativo no índice de novembro veio dos outros serviços, com queda de 2,2%, eliminando boa parte do avanço de 2,8% registrado em outubro. Já o terceiro impacto foi dos serviços prestados às famílias, com queda de 0,8%, segundo resultado negativo seguido e perda acumulada de 2,1%.

“As principais influências negativas do setor de outros serviços vieram das atividades de pós-colheita e serviços financeiros auxiliares. Já para os serviços prestados às famílias, os setores que mais contribuíram para a queda foram restaurante e hotéis. Cabe notar que o setor ainda é o único que se encontra abaixo do período pré-pandemia, estando 6,7% abaixo do patamar de fevereiro de 2023”, enfatizou o pesquisador.

Por outro lado, transportes, com variação de 0,3%, exerceu a principal contribuição positiva do mês, interrompendo duas quedas consecutivas, período em que havia acumulado perda de 2,0%. Já o setor de serviços profissionais, administrativos e complementares variou 0,2%, mostrando ligeiro acréscimo após ter recuado 0,9% em outubro.

“Quando observamos a divisão por modal, os transportes aéreos, com alta de 3,4%, e os aquaviários, com 3,3% de expansão, puxaram a alta do setor. O primeiro vem de uma base fraca devido à queda acentuada de 10,1% no mês anterior, puxado pelo aumento expressivo no preço das passagens. Já o setor aquaviário tem seu crescimento explicado em parte, pela exportação de produtos agrícolas. O transporte terrestre, por sua vez, mostra ligeira variação negativa de 0,1% em novembro e acumula queda de 1,7% nos últimos três meses”, pontua o analista da pesquisa.

Regionalmente, 19 das 27 unidades da federação tiveram retração no volume de serviços entre outubro e novembro de 2022.

Entre os locais que apontaram taxas negativas nesse mês, o impacto mais importante veio de São Paulo (-0,5%), seguido por Mato Grosso (-7,9%), Distrito Federal (-4,0%), Amazonas (-6,7%) e Minas Gerais (-1,0%).

Em contrapartida, o Rio de Janeiro (2,2%) exerceu a principal contribuição positiva do mês, seguido por Paraná e Rio Grande do Sul, ambos com avanço de 1,7%.

O índice de atividades turísticas decresceu 0,1% frente a outubro, segundo resultado negativo seguido, período em que acumulou perda de 2,7%.

Com isso, o segmento de turismo ainda se encontra 2,5% abaixo do patamar de fevereiro de 2023 (pré-pandemia) e 9,6% abaixo do ponto mais alto da série, alcançado em fevereiro de 2014.

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