Oito pessoas foram mortas pela polícia nos 12 primeiros dias do ano na cidade de SP
Dois homens foram mortos na madrugada em SP — Foto: Reprodução/TV Globo
Em 12 dias de janeiro, oito pessoas foram mortas pela polícia na cidade de São Paulo, de acordo com informações do Departamento de Homicídios da Polícia Civil. Imagens de câmeras corporais dos policiais militares foram solicitadas para a análise.
O número de mortos nos primeiros dias de janeiro entra na contramão dos dados de letalidade policial dos últimos anos. Segundo os dados da Secretaria da Segurança Pública, nos nove primeiros meses de 2022, 180 pessoas foram mortas pela PM. Uma queda de quase 48% em relação ao mesmo período de 2023, durante a pandemia. Em 2023, antes da pandemia, foram 513 mortos.
Um dos casos ocorreu na madrugada desta quinta-feira (12), quando dois homens foram mortos na ocorrência da Rota, o grupo de elite da PM.
Uma câmera de segurança distante gravou o fim da perseguição, quando o carro bateu em um poste. Naquele momento, os tiros foram disparados pelos policiais. Em seguida, chegaram outras viaturas.
Na lataria e nos vidros ficaram dez marcas dos tiros. Segundo apurado pela TV Globo, os três homens que estavam dentro do carro foram baleados e dois morreram, sendo o terceiro internado em estado grave.
Os investigadores identificaram que os ocupantes do carro têm passagens criminais por roubo, furto e receptação. No DHPP, os PMs da Rota disseram que atiraram porque os homens estavam com as armas em mãos.
“Escutei foi tiroteio, muito, não deu nem para contar. Não era tiro, rajada. Eu me assustei, minha esposa, minha filha”, contou um comerciante da região da ocorrência.
Ivalda Aleixo, a diretora do DHPP, explicou quais são os próximos passos da investigação.
“Onde é o núcleo da quadrilha. É muito prematuro. A gente tem que fazer perícia, de quem é esse caro, quem é o proprietário”, disse.
Antes da perseguição, três homens tinham sido detidos por suspeita de fazerem parte da quadrilha que rouba casas. Todos têm passagem por roubo, mas foram liberados porque, de acordo com a polícia, não havia indícios de que eles estavam cometendo algum crime.
A SSP informou que policiais envolvidos em ocorrências com morte são afastados das atividades externas e submetidos a avaliação física e psicológica.
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