Tornados causam pelo menos 9 mortes nos Estados Unidos

Morador do Alabama em meio a destroços após passagem de furacão em sua casa, em 12 de janeiro de 2023 — Foto: Gary Cosby Jr./Reuters 1 de 1 Morador do Alabama em meio a destroços após passagem de furacão em sua casa, em 12 de janeiro de 2023 — Foto: Gary Cosby Jr./Reuters

Morador do Alabama em meio a destroços após passagem de furacão em sua casa, em 12 de janeiro de 2023 — Foto: Gary Cosby Jr./Reuters

Pelo menos nove pessoas morreram em tornados que destruíram casas e derrubaram o fornecimento de energia elétrica a dezenas de milhares na região sudeste dos Estados Unidos, disseram autoridades locais nesta sexta-feira, e o número de mortos na região central do Alabama deve aumentar.

O vice-diretor dos serviços de emergência, Gary Weaver, afirmou que este fenômeno natural matou seis pessoas no condado de Autauga, centro do Alabama.

A governadora do Alabama, Kay Ivey, decretou estado de emergência em Autauga e outros cinco condados. Ela disse que várias partes do estado foram atingidas pelos tornados.

O município de Selma, que foi um importante local para o movimento dos direitos civis na década de 1960, também está em estado de emergência após sofrer danos significativos. A cidade pediu para seus habitantes ficarem longe das linhas elétricas caídas e evitarem deslocamentos.

O tornado continuou rumo ao leste e varreu Georgia, um estado vizinho. Lá, uma menina de 6 anos morreu por conta da queda de uma árvore.

Difíceis de prever, estes fenômenos são relativamente comuns nos EUA, especialmente na região central e no sul do país.

No final de novembro, 36 tornados mataram duas pessoas no Alabama.

A Costa Oeste do país se prepara para novas chuvas torrenciais. Os "rios atmosféricos" devem descarregar grandes quantidades de água e de neve em uma região com solos já encharcados.

Na Califórnia, as chuvas das últimas semanas têm provocado inundações, falta de energia elétrica e deslizamentos de terras. Até o momento, o estado contabiliza 19 mortes.

"As chuvas mais impactantes que permanecem concentradas no norte da Califórnia e noroeste do Pacífico até a sexta-feira à noite, vão se expandir ao sul no sábado (14) e ao leste no domingo (15)", disse o Serviço Meteorológico Nacional (NWS, na sigla em inglês) em um comunicado na quinta-feira (12).

Segundo o órgão, "qualquer chuva adicional" no norte do estado pode apresentar "ameaça de inundações repentinas".

No norte da Califórnia, a previsão é de neve nas montanhas entre sexta e terça-feira (17), com ventos de até 80 quilômetros por hora.

Nas regiões mais baixas, um alerta da inundação compreende a vasta área ao redor de San Francisco até o estado de Oregon.

Os alertas chegam enquanto a região tenta se recuperar das inundações recentes.

San Francisco teve as duas semanas mais chuvosas dos últimos 150 anos, sobrecarregando o sistema de drenagem da cidade, onde o esgoto se mistura com o escoamento das tempestades.

Os temporais já deixaram 19 pessoas sem vida em todo o estado. Entre as vítimas, estão motoristas que ficaram presos em seus carros submersos, pessoas atingidas por quedas de árvores e um casal morto em um deslizamento de pedras.

No condado de San Luis Obispo, membros da Guarda Nacional realizaram buscas por Kyle Doan, criança de cinco anos que foi arrastada pela força da água enquanto saía do carro de sua mãe para buscar um local seguro.

O estado da Califórnia está acostumado a climas extremos, com temperaturas altas e tempestades de inverno. Mas cientistas dizem que as mudanças climáticas, potencializadas pela queima dos combustíveis fósseis, estão tornando estes eventos mais fortes.

Embora esteja causando desastres a curto prazo, a chuva é imprescindível para a Costa Oeste dos EUA, onde as secas impõem, há duas décadas, severas restrições ao uso de água.

Apesar do intenso volume das precipitações, meteorologistas alertam que o acumulado não será capaz de reverter mais de 20 anos de índices abaixo da média.

No início de janeiro, o lago Shasta, reservatório do estado, ainda estava em dois terços de sua média histórica, segundo dados do departamento de recursos hídricos.

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