Foragido de ação contra terrorismo em Brasília é assessor de deputado Filippe Poubel, do PL-RJ
Carlos Victor Carvalho, conhecido como CVC, é considerado foragido — Foto: Reprodução/TV Globo
O terceiro alvo da Operação Ulysses da Polícia Federal (PF), que investiga o financiamento e a organização dos atos terroristas em Brasília no último dia 8, já é considerado foragido. 💥️Carlos Victor Carvalho, conhecido como 💥️CVC, estava na capital federal na tarde dos ataques e chegou a postar uma foto no meio da multidão.
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CVC é assessor parlamentar do deputado Filippe Poubel (PL-RJ) desde 8 de junho do ano passado e recebe o salário líquido de R$ 5.588,37. Ele passou o último fim de semana em Guarapari (ES) e disse que se apresentaria na noite desta segunda-feira (16).
Em nota, o gabinete do deputado diz tomou conhecimento pela imprensa do caso e que "Poubel sempre repudiou atos ilegais e evidenciou respeito aos valores democráticos".
"Sendo assim, o gabinete do parlamentar vai buscar informações sobre os fatos veiculados na imprensa, para que não ocorram antecipadamente condenações sem o devido processo administrativo e legal", diz o texto.
Até a última atualização desta reportagem, não tinha aparecido na Delegacia da Polícia Federal em Campos dos Goytacazes.
Veja abaixo outros alvos da operação no Rio de Janeiro
Além de CVC, os outros dois procurados da operação eram 💥️Elizângela Cunha Pimentel Braga e o subtenente do Corpo de Bombeiros 💥️Roberto Henrique de Souza Júnior. Os dois já estão presos.
2 de 3 Subtenente do Corpo de Bombeiros do Rio de Janeiro, Roberto Henrique de Souza Júnior, tem 33 anos de corporação — Foto: ReproduçãoSubtenente do Corpo de Bombeiros do Rio de Janeiro, Roberto Henrique de Souza Júnior, tem 33 anos de corporação — Foto: Reprodução
O militar foi preso na manhã de segunda-feira (16), em casa, na cidade de Campos, Norte do RJ. Na corporação há 33 anos, Roberto foi candidato a deputado federal nas eleições de 2018 pelo Patriota, partido ligado à base do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), sob o nome de 💥️Júnior Bombeiro. Ele teve apenas 💥️1.260 votos.
Em agosto do ano passado, o bombeiro foi condenado pela Justiça Eleitoral por mau uso do fundo partidário. De acordo com o Tribunal Regional Eleitoral (TRE) do Rio, o então candidato não prestou suas contas de campanha, motivo pelo qual foi obrigado a devolver R$ 4 mil.
Elizângela, 48 anos, se entregou à Polícia Federal, em Campos dos Goytacazes, na noite de segunda. Segundo a investigação, ela arrecadou dinheiro via Pix e repassou a vândalos em Brasília.
3 de 3 Elizângela Cunha Pimentel Braga, de 48 anos, se entregou à Polícia Federal na noite desta segunda-feira (16). — Foto: Reprodução redes sociaisElizângela Cunha Pimentel Braga, de 48 anos, se entregou à Polícia Federal na noite desta segunda-feira (16). — Foto: Reprodução redes sociais
Postagens em redes sociais indicam que Elizângela pedia doações para bancar o transporte de van e ônibus para bolsonaristas. Segundo os investigadores, ela foi uma das organizadoras da excursão que levou os terroristas até Brasília.
Agora, a Polícia Federal tenta descobrir quem estava nos ônibus e vans fretados com o dinheiro recolhido por Elizângela. Para isso, as equipes vão analisar celulares, computadores e anotações colhidas na casa dela durante a Operação Ulysses.
💥️Jorge Luiz Machado Garcia foi alvo de busca e apreensão e chamado a depor na delegacia. Ele não foi preso.
Segundo a investigação, ele disputa com CVC a liderança dos atos em Campos e é suspeito de participar do bloqueio das rodovias pós-eleição e de estar no acampamento em frente ao quartel do Exército na cidade do norte-fluminense.
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