Rial afirma que descobriu rombo da Americanas em entrevistas com executivos: 'surgiu a necessidade premente de correção

Foto de arquivo de 16/08/2017 de Sergio Rial — Foto: Nilton Fukuda/Estadão Conteúdo/Arquivo 1 de 1 Foto de arquivo de 16/08/2017 de Sergio Rial — Foto: Nilton Fukuda/Estadão Conteúdo/Arquivo

Foto de arquivo de 16/08/2017 de Sergio Rial — Foto: Nilton Fukuda/Estadão Conteúdo/Arquivo

O ex-presidente da Americanas Sergio Rial afirmou nesta terça-feira (17) que sua saída da empresa se deu após "entrevistar executivos remanescentes, questionar e entender quaisquer preocupações e novas perspectivas" da alta gerência da empresa, o que levou a descoberta do rombo de R$ 20 bilhões acusado em fato relevante divulgado na semana passada.

A Americanas publicou um fato relevante na última quarta-feira (11), dizendo que foram identificadas “inconsistências em lançamentos contábeis” no balanço, em valor que chega a R$ 20 bilhões, nas primeiras estimativas.

O rombo ocorreu por meio de uma operação conhecida como "risco sacado". Nas operações de risco sacado, uma companhia que precisa pagar seus fornecedores entra em contato com uma instituição financeira que, por meio de um acordo, libera o montante necessário para o pagamento dos fornecedores.

É como se a própria instituição pagasse a conta e a companhia, por sua vez, zera sua dívida com os fornecedores e passa a dever para o banco — e, claro, com a cobrança de juros.

No caso da Americanas, pelo que se sabe até o momento, houve uso do risco sacado nas negociações da empresa, mas as operações não foram registradas de forma correta nos balanços contábeis, o que gera dúvidas sobre a solvência da empresa, seu grau de endividamento e traz insegurança aos investidores.

Em conferência com analistas, na semana passada, o ex-presidente da empresa havia dito que a Americanas precisaria de aportes financeiros para manter a plenitude das atividades. Nesta terça-feira, ele diz que será necessária uma "correção de rota".

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Em outras palavras, a empresa percebeu que o valor bilionário — que é referente aos primeiros nove meses de 2022 e anos anteriores — não havia sido registrado de forma apropriada nos balanços corporativos da empresa. Como consequência, Sérgio Rial, que tinha acabado de assumir a presidência da companhia, renunciou ao cargo.

Ao divulgar o fato relevante, a empresa afirmou estimar que "o efeito caixa dessas inconsistências seja imaterial". Assim, o rombo teria apenas um efeito contábil, e não financeiro.

No sábado (14), porém, a companhia divulgou um comunicado informando que a Justiça concedeu uma Tutela de Urgência Cautelar que determina, entre outras medidas, a interrupção de quaisquer cláusulas contratuais que imponham o pagamento antecipado de dívidas da empresa e a incidência de juros durante esse período. Na decisão, o juiz diz que a dívida da Americanas pode chegar a R$ 40 bilhões.

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