'Não poderíamos conviver com os mesmos assessores', diz Rui Costa sobre trocas no governo
O ministro da Casa Civil, Rui Costa, afirmou nesta terça-feira (17) que as trocas em cargos de livre indicação do governo são naturais em razão da falta de sintonia com a gestão anterior e afirmou que não seria possível “conviver com os mesmos assessores”.
Nesta terça, o governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva dispensou 40 militares que atuavam na Coordenação de Administração do Palácio da Alvorada, residência oficial do presidente da República.
Questionado sobre se as substituições no Palácio, o ministro afirmou que o pensamento da nova gestão é diferente da do ex-presidente Jair Bolsonaro.
“Essas trocas, é natural que ocorram, porque o governo que saiu tem pouca ou nenhuma sintonia com o governo que entrou. O pensamento em todas as áreas é muito diferente e, portanto, nós não poderíamos conviver com os mesmos assessores”, disse Costa após um almoço com os comandantes da Marinha, Exército e Aeronáutica, em Brasília
O governo dispensou militares de patentes mais baixas (soldados, cabos e sargentos) em meio à desconfiança externada por Lula com a atuação dos militares para impedir os atos golpistas de 8 de janeiro, quando bolsonaristas invadiram as sedes dos três poderes, em Brasília.
Os militares liberados das funções continuam nas Forças Armadas, porém terão de atuar em outras áreas.
Conforme o Portal da Transparência, os 40 militares foram colocados durante o governo de Jair Bolsonaro na função da qual foram dispensados.
Na semana passada, após os atos golpistas, Lula afirmou que houve conivência de integrantes das Forças Armadas e da Polícia Militar do Distrito Federal.
Costa disse ter discutido com os comandantes das Forças Armadas a modernização das instituições, inclusive nas formas de contratações, para aumentar os investimentos das forças. Uma das ideias é fazer contrações por meio de parcerias público-privadas.
“Nós precisamos trazer conhecimento, desenvolver tecnologias. É esse o conceito que nós queremos implementar junto ao Ministério da Defesa para que a gente possa inclusive aumentar os investimentos com outras modalidades de captação de recursos, de modernização inclusive na forma de contratar”, afirmou.
“Como estamos falando de investimentos e longos prazos, como navios, que o tempo de dilação desse investimento é em geral de 20, 30 anos, eles cabem muito bem em um projeto de PPP. Conversamos sobre todas as possibilidades de modernização das Forças Armadas”, acrescentou o ministro.
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