Haddad diz que integração da América Latina e aposta em energia limpa são necessários para crescimento regional
Haddad fala em Davos — Foto: Reprodução
O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, afirmou nesta quarta (18) que integração da América Latina e a produção de energia limpa são elementos chave para atrair investimento externo e promover o crescimento da região.
O ministro deu a declaração em um painel sobre liderança na América Latina em Davos, na Suíça, onde ocorre o Fórum Econômico Mundial. O Brasil é representado no fórum por Haddad e pela ministra do Meio Ambiente, Marina Silva.
O Brasil foi classificado, pela apresentadora do painel, como um agente condutor do desenvolvimento econômico da região após um período difícil com crescimento lento e inflação alta.
Segundo o ministro, a integração internacional foi justamente determinante para que o Brasil conseguisse crescer "1,5 vez mais que a média mundial durante os 8 anos dos governos Lula". E é essa integração que pode tornar os países da região fortes e competitivos 20 anos depois e promover a "reindustrialização" das economias.
Para o ministro, a América Latina precisa se unir para fazer frente a grandes blocos econômicos, como Estados Unidos, Europa e China. Essa integração, para ele, vai além dos acordos de livre comércio: passa também por infraestrutura, acordos comerciais e ampliação do Mercosul.
Haddad destacou, ainda, o papel da energia limpa como uma das vantagens competitivas da região em relação ao mundo.
"Ela não é facilmente transportável, e isso pode ser uma vantagem não só por interligar as Américas com linhas de transmissão, mas pode ser um fator determinante para atração de empresas e indústrias que queriam produzir a partir de energia limpa, para que toda a sua cadeia produtiva esteja em compasso com as determinações ambientais que hoje são incontornáveis", explicou.
Na terça (17), ele havia falado sobre política fiscal. Segundo Haddad, a equipe econômica vai apresentar uma nova proposta de regra fiscal, em substituição ao teto de gastos, para o Congresso até abril, "no máximo". O ministro também afirmou que é possível zerar o déficit nas contas do governo em até dois anos.
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