PM é chamada para conter tumulto após espectadores de peça com Antonio Fagundes terem sido impedidos de entrar atrasados
Antonio Fagundes em cena na peça 'Baixa Terapia', em cartaz no Teatro Clara Nunes, no Shopping da Gávea — Foto: Divulgação
A Polícia Militar foi chamada, no último sábado (14), para conter uma confusão do lado de fora do Teatro Clara Nunes, no Shopping da Gávea, na Zona Sul do Rio de Janeiro, onde está em cartaz a peça “Baixa Terapia”.
De acordo com informações confirmadas pela assessoria da peça, que tem o ator Antonio Fagundes no elenco, o acesso ao espetáculo foi fechado após o começo da apresentação, e as pessoas que estavam atrasadas não puderam entrar.
A produção da peça chegou a divulgar uma nota comentando o episódio 💥️.
“Em não permitir a entrada depois do início da peça, temos como único objetivo preservar o espetáculo para todos os espectadores que já se encontram na sala assistindo à peça em curso. Todos nós sabemos o transtorno e incômodo que pessoas entrando atrasadas numa sala escura, falando, usando a lanterna dos celulares e procurando seus lugares para se sentar trarão injustamente aos demais espectadores, aqueles que se programaram para chegar com antecedência ao teatro”, diz o texto assinado pela produção de “Baixa Terapia”.
Em entrevista ao Jornal O Globo, Antonio Fagundes falou sobre o transtorno e destacou o que considera um problema cultural.
“Eu me sinto até desconfortável de falar sobre isso, porque é como se a gente tivesse que explicar para as pessoas o que significa a palavra ‘começa’. Se uma peça começa às 20h, a pessoa não pode chegar no teatro faltando dois minutos para as 20h e achar que ela está no direito de atrapalhar as outras pessoas. Esse não é um problema particular do Rio de Janeiro. É um problema cultural, nosso", disse o ator.
"É como se fôssemos tão especiais que as coisas só pudessem então começar quando a gente chega. Parei de ir à cinema por causa disso. As pessoas são impossíveis: acendem a luz do celular e ficam falando. É um transtorno tão grande! Não quero que o público das minhas peças sofra o mesmo mal-estar”, completou.
2 de 3 Cena da peça 'Baixa Terapia', em cartaz no Teatro Clara Nunes, no Shopping da Gávea — Foto: Divulgação
Cena da peça 'Baixa Terapia', em cartaz no Teatro Clara Nunes, no Shopping da Gávea — Foto: Divulgação
A Polícia Militar disse que agentes do 23º BPM (Leblon) estavam em patrulhamento na noite de sábado quando foram acionados para verificar uma ocorrência no teatro. Quando chegaram ao teatro, no Shopping da Gávea, encontraram um princípio de tumulto entre os espectadores da peça.
Ainda de acordo com a PM, a confusão foi contida e ninguém chegou a ser conduzido para a delegacia.
O g1 procurou a administração do Shopping da Gávea, mas não obteve resposta até a publicação desta reportagem.
3 de 3 Elenco da peça 'Baixa Terapia', em cartaz no Teatro Clara Nunes, no Shopping da Gávea — Foto: Divulgação
Elenco da peça 'Baixa Terapia', em cartaz no Teatro Clara Nunes, no Shopping da Gávea — Foto: Divulgação
O espetáculo “Baixa Terapia”, que segue em cartaz no Teatro Clara Nunes, conta a história de três casais que não se conhecem e que se encontram em um consultório para sua sessão habitual de terapia. No local, eles descobrem que a terapeuta não comparecerá e falam de suas queixas, confissões, suspeitas e revelações.
A comédia estreou em São Paulo, em 2017 e já passou, além do Brasil, por Estados Unidos e Portugal. Além de Antônio Fagundes, a peça conta com Mara Carvalho, Alexandra Martins, Ilana Kaplan, Fábio Espósito e Guilherme Magon no elenco.
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