MP abre investigação sobre caso de jovem que entrou em hospital para ter bebê e precisou amputar a mão
O Ministério Público do Rio (MPRJ) 💥️vai abrir uma investigação sobre o caso da jovem que deu entrada em um hospital do Rio para ter um bebê e, após complicações, precisou passou por uma amputação. 💥️Gleice Kelly da Silva, de 24 anos, perdeu a mão e o punho seis dias depois após o parto.
O órgão foi acionado pela Polícia Civil, que também abriu um inquérito após a denúncia vítima. A Diretoria do Hospital da Mulher Intermédica Jacarepaguá, onde foram feitos os procedimentos, seria ouvida nesta quarta-feira (19), mas o depoimento foi adiado a pedido da defesa da unidade.
Mais cedo, o hospital informou que “a liderança regional médica foi afastada da unidade”.
A direção não esclareceu se essa liderança é uma pessoa ou se é um grupo. Também não foram divulgados nomes.
1 de 3 Gleice Kelly da Silva com o filho, após amputar a mão — Foto: Reprodução/TV GloboGleice Kelly da Silva com o filho, após amputar a mão — Foto: Reprodução/TV Globo
“Instaurou-se no Comitê de Ética Médica uma auditoria minuciosa sobre o quadro clínico e procedimentos realizados nos atendimentos feitos à paciente, seguindo os processos internacionalmente conhecidos como Protocolo de Londres, considerados os mais rigorosos para apurações dessa natureza”, afirmou, em nota.
O hospital disse ainda que “todas as informações obtidas nessa investigação já estão sendo colocadas à disposição das autoridades”.
“Espera ainda que, na hipótese de comprovadas eventuais responsabilidades, os envolvidos sejam punidos na forma da lei”, emendou.
Na nota, o hospital ainda “lamenta profundamente o sofrimento por que estão passando a paciente e sua família” e disse que está dando “todo o suporte e o acolhimento necessários”.
2 de 3 Mulher é internada para dar à luz e tem mão e punho amputados no Rio de Janeiro — Foto: Reprodução/ TV GloboMulher é internada para dar à luz e tem mão e punho amputados no Rio de Janeiro — Foto: Reprodução/ TV Globo
Gleice esteve nesta quarta-feira (19) no Hospital da Mulher Intermédica Jacarepaguá, a convite da direção, para esclarecimentos — três meses após a amputação.
💥️Monalisa Gagno, advogada de Gleice, afirmou que não obteve qualquer resposta no encontro.
Segundo a defensora, quando elas entraram no hospital, foram para uma reunião on-line com “uma pessoa da câmara de mediação de São Paulo”. “Ela não é funcionária da Intermédica”, disse.
“Na reunião, a gente só levantou dados. Eu não tive nenhum retorno, não tive nenhuma resposta. Não teve nenhum posicionamento da empresa. Ela disse que vai levar todas as informações que ela colheu para a empresa e que entraria em contato”, descreveu.
3 de 3 Gleice Kelly da Silva com o filho, após amputar a mão — Foto: Reprodução/TV GloboGleice Kelly da Silva com o filho, após amputar a mão — Foto: Reprodução/TV Globo
Gleice ainda tem muita vergonha da aparência.
“Tiro algumas fotos minhas, mas, se em alguma foto aparecer essa parte do meu corpo, eu já escondo mais. Eu uso tipoia na rua, não me sinto à vontade”, contou Gleice.
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