Campo magnético pode levantar ônibus, diz médica; advogado pró-armas recebeu disparo da própria pistola durante ressonância em S
Aparelhos de ressonância magnética possuem regras de utilização que precisam ser seguidas à risca. Mesmo quando não está acontecendo um exame, seu campo magnético pode atuar de maneira poderosa.
A médica Paula Arantes, neurorradiologista do Hospital das Clínicas, deu um exemplo da força do aparelho:
"Cada equipamento fica dentro de uma gaiola, que tem uma espessura enorme, de material anteparos com esse campo magnético. Para isso, a gente tem distâncias e riscos diferentes à medida que vai se aproximando do aparelho", explica Paula.
Na segunda-feira (16), o advogado pró-armas Leandro Mathias, de 40 anos, foi atingido pelo disparo da própria pistola em um laboratório particular no Jardim Paulista, região central de São Paulo.
Segundo o laboratório, Leandro ajudava a posicionar a mãe idosa na maca para o exame quando a arma foi puxada pelo aparelho, bateu na lateral e disparou, atingindo seu abdome. Ele foi socorrido em estado grave.
O diretor-médico do laboratório Cura, César Penteado, afirmou que o advogado assinou termos de consentimento para o exame — tanto para ele quanto para a mãe —, com a informação de que havia a necessidade de retirar todos os objetos metálicos antes de entrar na sala.
1 de 1 Leandro Mathias foi atingido no abdômen e está internado no Hospital São Luiz. — Foto: Reprodução/TikTokLeandro Mathias foi atingido no abdômen e está internado no Hospital São Luiz. — Foto: Reprodução/TikTok
“Estava tudo escrito e esclarecido, tanto é que ele guardou todos os objetos no armário e, infelizmente, o único objeto que ele não guardou foi a arma de fogo que ele portava”, contou Penteado.
Nas redes sociais, Leandro Mathias faz postagens para responder sobre os certificados para Colecionadores, Atiradores esportivos e Caçadores (CACs). De acordo com a polícia, ele tem porte de arma e, quando entrou na sala de ressonância, estava com uma pistola calibre 9 mm carregada, além de um pente extra. Ao todo, tinha 30 munições.
Rafael Alcadipani, especialista do Fórum de Segurança Pública, explica que mesmo pessoas que se acham treinadas podem cometer erros ao portar uma arma.
O hospital para onde o advogado Leandro Mathias foi levado disse que não poderia passar informações sobre o estado de saúde dele sem autorização da família. A mãe dele e os dois funcionários do laboratório que estavam na sala de ressonância no momento do tiro não se machucaram.
A polícia apreendeu a pistola e o pente de munição. O caso será investigado como disparo de arma de fogo, o que é uma contravenção.
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