Polícia de Berlim desencadeia megaoperação contra vários suspeitos de cometerem crimes “de motivação pró-palestiniana&
A Polícia de Berlim realizou, na passada segunda-feira, uma operação que envolveu a busca em cinco residências em diferentes áreas da cidade, no âmbito de uma investigação que visa diversas pessoas suspeitas de terem cometido “crimes de motivação pró-palestiniana”. A operação contou com a participação de 125 agentes, incluindo investigadores da divisão de crimes políticos da Polícia Criminal de Berlim, de acordo com um comunicado conjunto divulgado pela Polícia e pelo Ministério Público.
Um dos principais alvos da operação foi um jovem de 18 anos, suspeito de estar envolvido num incidente que ocorreu a 12 de setembro, quando um grupo de cerca de 40 indivíduos interrompeu um evento que contava com a presença do senador de Cultura de Berlim, Joe Chialo, conhecido pelo seu apoio a Israel. Este grupo, que ostentava símbolos pró-palestinianos, lançou um tripé de microfone na direção do senador. No entanto, o objeto acabou por atingir uma mulher que assistia ao evento. O jovem de 18 anos enfrenta agora acusações de perturbação da ordem pública e de tentativa de agressão.
Outro indivíduo de 20 anos também está a ser investigado por suspeitas de envolvimento num delito de desordem pública, após supostamente ter participado numa manifestação que ocorreu a 11 de julho. Durante esse protesto, participantes incendiaram mobiliário urbano, causando danos materiais.
Adicionalmente, dois homens, de 31 e 40 anos, estão a ser investigados por possíveis crimes de incitação ao ódio, devido a comentários que alegadamente fizeram nas redes sociais Instagram e TikTok, em outubro e dezembro do ano passado. Segundo as autoridades, o homem de 31 anos terá expressado o desejo de ver o regresso de Adolf Hitler e de um novo Holocausto, enquanto o de 40 anos exaltou alegadamente as ações do grupo islamista Hamas como um meio para alcançar “um mundo islâmico”.
Por fim, um jovem de 25 anos é suspeito de utilizar símbolos de organizações anticonstitucionais, após ter publicado um vídeo no Instagram onde um grupo de pessoas entoava o lema “From the river to the sea, Palestine will be free” (Do rio [Jordão] ao mar [Mediterrâneo], a Palestina será livre). Este slogan, que é frequentemente utilizado na luta pelos direitos palestinianos, foi classificado pelo Ministério do Interior alemão como um símbolo associado ao Hamas e como um apelo à eliminação do Estado de Israel. Embora alguns tribunais alemães tenham apoiado esta interpretação, outros juízes consideraram que o lema pode ter múltiplos significados e não pode ser atribuído exclusivamente ao Hamas. A questão, portanto, poderá ter de ser resolvida em instâncias judiciais superiores.
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