Ibovespa fecha em queda, puxado por grandes bancos

Mercado acompanha a Bolsa de Valores de São Paulo (B3). — Foto: KEVIN DAVID/A7 PRESS/ESTADÃO CONTEÚDO 1 de 1 Mercado acompanha a Bolsa de Valores de São Paulo (B3). — Foto: KEVIN DAVID/A7 PRESS/ESTADÃO CONTEÚDO

Mercado acompanha a Bolsa de Valores de São Paulo (B3). — Foto: KEVIN DAVID/A7 PRESS/ESTADÃO CONTEÚDO

O Ibovespa, principal índice da bolsa de valores de São Paulo, a B3, fechou em queda nesta segunda-feira (23), emendando o 2º dia consecutivo de perdas. O destaque negativo ficou com os papéis dos bancos, que estiveram entre os piores desempenhos do índice.

Ao final da sessão, o Ibovespa recuou 0,27%, a 111.737 pontos. Veja mais cotações.

Na sexta-feira, o Ibovespa fechou em queda de 0,78%, aos 112.040 pontos. 💥️Com o resultado de hoje, o Ibovespa passou a acumular ganho de 1,83% no ano.

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Na agenda corporativa, a Americanas ainda segue em foco. Na semana passada, a B3 informou a saída das ações da empresa de seus índices depois do anúncio da recuperação judicial, com dívidas de R$ 43 bilhões. Apesar da exclusão dos índices acionários da B3, as ações da companhia continuarão a ser negociadas, mas sob o título de recuperação judicial.

Investidores ainda ficaram de olho nas falas do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), que fez sua primeira viagem internacional desde que tomou posse para se encontrar com o presidente argentino, Alberto Fernández.

Durante encontro, Lula sinalizou que fará o possível para ajudar a Argentina e outros países da região. O presidente afirmou que o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) voltará a bancar projetos de países vizinhos e citou a possibilidade de financiamento do gasoduto que sai do campo de Vaca Muerta até Buenos Aires e, depois, até a fronteira com o Brasil.

Além disso, Lula também anunciou nesta segunda-feira que os governos do Brasil e da Argentina terão um grupo de trabalho para analisar a criação de uma moeda comum (ou unidade de conta comum), a ser usada nas transações entre os dois países para reduzir a dependência do dólar.

A potencial moeda comum aumenta as incertezas sobre o governo, segundo a equipe da Ativa Investimentos. "A ideia, além de confusa, carece de detalhes e amplia os receios e as incertezas que o atual governo já vem causando desde o início de seu mandato", escreveu a Ativa em comentário a clientes, destaca a Reuters.

Ainda na agenda doméstica, investidores repercutiram a elevação da estimativa de inflação deste ano, de 5,39% para 5,48%, por parte dos economistas do mercado financeiro. Foi a 6ª alta consecutiva do indicador.

O novo aumento aconteceu após o presidente Luiz Inácio Lula da Silva ter criticado a independência do Banco Central e ter dito que a atual meta da inflação atrapalha crescimento - indicando que pode atuar para elevá-la. Depois disso, o ministro de Relações Institucionais, Alexandre Padilha, afirmou que não há nenhuma pré-disposição do governo de fazer qualquer mudança na instituição.

Para este ano, a meta central de inflação foi fixada em 3,25% pelo Conselho Monetário Nacional (CMN) e será considerada formalmente cumprida se oscilar entre 1,75% e 4,75%.

Para o crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) de 2023, o mercado financeiro subiu sua previsão de 0,77% para 0,79%.

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Já no exterior, o cenário de inflação global e temores de recessão econômica, ambos com consequências em política monetária, seguiam como os principais temas nos mercados internacionais.

Com pressão inflacionária e juros mais altos, a cautela permanece com o risco de recessão nos Estados Unidos, com o mercado aguardando novos discursos de dirigentes do Federal Reserve (Fed, o banco central americano) que possam indicar o rumo das taxas de juros no país.

Juros mais altos nos Estados Unidos elevam a rentabilidade dos títulos públicos do país, que são considerados os mais seguros do mundo. Assim, investidores migram para tais aplicações, em detrimento de ativos de risco, como o mercado de ações e moedas de países divergentes.

Parte dos mercados asiáticos, incluindo a China, está fechado devido ao feriado de Ano Novo Lunar, o que contribuiu para reduzir a liquidez.

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