Maduro pode ser preso em Buenos Aires, como querem opositores argentinos e exilados venezuelanos?

O presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, faz um discurso sobre o estado da nação na Assembleia Nacional, em Caracas, Venezuela, em 12 de janeiro de 2023 — Foto: REUTERS/Leonardo Fernandez Viloria 1 de 1 O presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, faz um discurso sobre o estado da nação na Assembleia Nacional, em Caracas, Venezuela, em 12 de janeiro de 2023 — Foto: REUTERS/Leonardo Fernandez Viloria

O presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, faz um discurso sobre o estado da nação na Assembleia Nacional, em Caracas, Venezuela, em 12 de janeiro de 2023 — Foto: REUTERS/Leonardo Fernandez Viloria

O ditador Nicolás Maduro tenta reabilitar sua imagem na região e recuperar legitimidade ao desembarcar em Buenos Aires para a reunião da Comunidade de Estados Latino-Americanos e Caribenhos.

Maduro vem evitando viajar ao exterior e, quando o faz, escolhe países considerados aliados. Nesta incursão a Buenos Aires, ele aproveita-se das divisões entre seus opositores e da reaproximação com uma parte dos governantes da região, entre eles o Brasil. Mas encontra resistências, a contar pelos cartazes de manifestantes, que o comparam ao ex-ditador Jorge Rafael Videla.

A ex-ministra de Segurança Patricia Bullrich, presidente do Partido Proposta Republicana, notificou a DEA – a agência antidrogas americana – 💥️pedindo a detenção de Maduro, baseada no mandado de captura expedido pelos EUA por associação a um cartel de drogas.

Embora o governo Biden venha quebrando o gelo com a Venezuela, as sanções econômicas contra o país ainda estão em vigor, assim como o cartaz de “Procurado”, com uma recompensa de 💥️US$ 1,5 milhão para quem tiver informações sobre ele. Ainda assim, diante da crise energética causada pela guerra na Ucrânia, não interessa ao governo americano entrar em confronto com o regime venezuelano e, atualmente, faz valer o pragmatismo.

Patricia Bullrich e outros opositores argentinos lideraram um protesto no domingo contra a viagem de Maduro, que é assegurada por Alberto Fernández. “Ele está mais do que convidado”, disse ele à jornalista Sylvia Colombo, da “Folha de São Paulo”.

Em outra frente, o advogado Tomás Farini Duggan, que representa duas venezuelanas vítimas de crimes contra a Humanidade, solicitou à Justiça argentina que convoque Maduro para ser interrogado por 💥violações de direitos humanos.

Neste contexto se inserem também os presidentes de Cuba, Miguel Díaz-Canel, e da Nicarágua, Daniel Ortega, outros convidados da reunião de cúpula repudiados por opositores do governo.

Em 💥️ano eleitoral para os argentinos, a oposição tenta capitalizar na visita dos ditadores latino-americanos ao país. O ex-presidente Mauricio Macri criticou como vergonhoso o acolhimento do governo. O prefeito de Buenos Aires, Horácio Rodríguez Larreta, corroborou:

Na prática, a ação de opositores de Fernández e exilados venezuelanos terá 💥️poucas consequências concretas além de barulho e um possível desconforto para Maduro. A Argentina é signatária de tratados internacionais, como a Convenção de Viena, que lhe dá💥️ imunidade como chefe de Estado.

Uma suposta detenção de Maduro está praticamente descartada, ao contrário do que alardeou Patricia Bullrich, numa comparação à prisão do ex-ditador Augusto Pinochet, em Londres há 24 anos, quando ele não estava mais no poder.

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