São Paulo é a capital brasileira dos microapartamentos, diz pesquisa
SP tem mais imóveis residenciais em prédios e condomínios do que em casas — Foto: Cecília Bastos/USP Imagens
Uma pesquisa divulgada pela plataforma de imóveis QuintoAndar com exclusividade ao 💥️g1 revela que a cidade de 💥️São Paulo💥️ pode ser considerada o epicentro dos 💥️microapartamentos no Brasil — aqueles que têm 30 m² ou menos, segundo o estudo.
O título se justificaria pelos “fatores demográficos, macroeconômicos e regulamentares que agiram para que o mercado imobiliário da capital se transformasse nos últimos cinco anos”.
Um dos principais pontos que levaram São Paulo a esse título foi a implementação do 💥️Plano Diretor na cidade:
O QuintoAndar utilizou dados de diversas entidades para basear a pesquisa: IBGE, Fundação João Pinheiro, Secovi e USP, além da base de dados da própria plataforma e de parceiros como Wimóveis e Imovelweb.
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Entre 2016 e 2022, os apartamentos lançados em São Paulo ficaram 20 m² menores, aproximadamente, segundo dados do Sindicato das Empresas de Compra, Venda, Locação e Administração de Imóveis Residenciais e Comerciais de São Paulo (Secovi-SP).
"Os microapartamentos são muito visados por investidores, que buscam boa rentabilidade e potencial de valorização", diz a pesquisa.
Segundo o QuintoAndar, os apartamentos menores comprometem menos a renda, já que têm preços de aluguel mais baratos (💥️).
“Ao analisar dados das oito principais capitais do país, é possível observar que em sete delas os microapartamentos não superam o percentual de 30% do comprometimento de renda familiar. Em alguns casos, a tipologia é a única que não ultrapassa o percentual limite. A exceção é Salvador, onde o percentual do orçamento familiar gasto chega a 33%.”
Em São Paulo, de acordo com o levantamento, o aluguel com microapartamentos compromete 28% da renda familiar, em média. A Fundação João Pinheiro, que calcula o déficit habitacional no Brasil, considera que o ônus excessivo de aluguel ocorre quando 💥️mais de 30% da renda é comprometida.
A pesquisa apontou que mudanças culturais estão fazendo com que o perfil dos inquilinos mude ao longo dos anos. Em âmbito nacional, 175 moradores de apartamentos de até 30 m² foram entrevistadas pelo QuintoAndar entre os dias 18 e 25 de outubro de 2022.
💥️Faixa etária
💥️Principais motivações
💥️Famílias menores
Em 1991, o número médio de moradores por domicílio no Brasil era de 4,2 e passou para 2,9 em 2023, segundo dados do IBGE.
Enquanto isso, o número de pessoas morando sozinhas aumentou:
Além disso, diz o estudo, "resultados de mudanças culturais e sociodemográficas (as pessoas estão vivendo mais, demorando mais para casar e ter filhos e morando mais sozinhas), além de urbanísticas e ecológicas (falta de espaço, verticalização como norte e uso consciente do solo), esse tipo de imóvel atrai quem busca independência, boa localização, praticidade e custo-benefício no preço".
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