Caso Daniel Alves: quem são as outras testemunhas e o que elas disseram

A Justiça tinha mais elementos para ordenar a prisão de Daniel Alves do que apenas as declarações da mulher que acusa o jogador e do próprio brasileiro, segundo uma reportagem do jornal “La Vanguardia” publicada nesta terça-feira (24).

O jogador foi preso preventivamente na Espanha por uma acusação de estupro em Barcelona.

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A polícia analisou imagens das câmeras de segurança e ouviu relatos de dezenas de pessoas que estavam na discoteca Sutton, em Barcelona, na noite de 30 de dezembro.

Veja abaixo quem são as testemunhas que já prestaram depoimento sobre o caso:

Na noite de 30 de dezembro, Daniel Alves estava na discoteca acompanhado de um amigo, Bruno, um chef brasileiro. Bruno procurou a prima da vítima e, mais tarde, mandou uma mensagem a ela pelo Instagram na qual se oferecia para o que ela precisasse. A vítima entregou as imagens dessa conversa aos investigadores.

O jogador brasileiro Daniel Alves é acusado de agressão sexual contra jovem na casa noturna Sutton, em Barcelona, na Espanha — Foto: Ulises Ruiz/AFP e TV Globo/Reprodução 1 de 2 O jogador brasileiro Daniel Alves é acusado de agressão sexual contra jovem na casa noturna Sutton, em Barcelona, na Espanha — Foto: Ulises Ruiz/AFP e TV Globo/Reprodução

O jogador brasileiro Daniel Alves é acusado de agressão sexual contra jovem na casa noturna Sutton, em Barcelona, na Espanha — Foto: Ulises Ruiz/AFP e TV Globo/Reprodução

De acordo com a imprensa espanhola, Alves teria contratado o advogado espanhol Cristóbal Martell para reforçar sua defesa. A informação foi confirmada em nota pela advogada que o representou até agora, Miraida Puente Wilson, e o escritório de Martell.

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Uma das celas do presídio Brians 2, na Catalunha, para onde o brasileiro Daniel Alves foi transferido enquanto aguarda julgamento por suposto estupro em Barcelona. — Foto: Secretaria de Justiça da Catalunha 2 de 2 Uma das celas do presídio Brians 2, na Catalunha, para onde o brasileiro Daniel Alves foi transferido enquanto aguarda julgamento por suposto estupro em Barcelona. — Foto: Secretaria de Justiça da Catalunha

Uma das celas do presídio Brians 2, na Catalunha, para onde o brasileiro Daniel Alves foi transferido enquanto aguarda julgamento por suposto estupro em Barcelona. — Foto: Secretaria de Justiça da Catalunha

Conhecido por ter representado Lionel Messi, o clube Barcelona e políticos em casos de corrupção, Martell poderia apresentar ainda nesta terça-feira um pedido de habeas corpus a favor do jogador.

💥️Banheiro da boate

Segundo a denúncia, tudo aconteceu em uma boate de luxo de Barcelona no dia 30 de dezembro. A mulher disse que Daniel a agrediu e estuprou no banheiro da área VIP do local. Ela afirma que foi seguida por Daniel Alves ao ir ao banheiro, que é unissex, por volta das 4h da manhã.

Ela disse que foi forçada por Daniel Alves a sentar no seu colo. Afirma também que, ao resistir, foi jogada no chão, esbofeteada e forçada a fazer sexo oral nele. Imagens da boate mostram que a mulher ficou cerca de 14 minutos no banheiro, enquanto Daniel Alves ficou 16.

💥️Mudanças no depoimento e declarações contraditórias

Quando o caso veio a público, Daniel Alves, ainda solto, negou as acusações e disse que não conhecia a mulher. "Quando você vai ao banheiro não tem que perguntar quem está lá para usar o banheiro. Não sei quem é essa senhorita, nunca a vi", disse o jogador a uma TV espanhola.

Depois, à juíza do caso, ele afirmou que houve relação, mas consentida. O depoimento de Daniel Alves foi considerado contraditório, enquanto o da mulher foi classificado como sólido.

💥️Prisão

A Justiça espanhola determinou prisão preventiva e sem fiança para Daniel Alves no dia 20 de janeiro. De início, ele foi levado para uma penitenciária a 25 km de Barcelona. De acordo com a lei espanhola, o jogador pode ficar preso dois anos até o julgamento. Se esse tempo todo passar sem que o caso seja concluído, ele poderá aguardar em liberdade.

Em entrevista ao Jornal Nacional, o advogado Alamiro Velludo, professor de Direito Penal da USP, disse que a Justiça espanhola tende a ser bastante rígida em acusações como essa. "Ou seja, são acusações em que, tradicionalmente, a palavra da vítima é uma palavra muito importante, é uma palavra determinante", disse Velludo.

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