Novo comandante do Exército barra posse de ex-ajudante de ordens de Bolsonaro em batalhão de Goiânia

Montagem de fotos de Tomás Miguel Ribeiro Paiva e Mauro Cid — Foto: Reprodução 1 de 1 Montagem de fotos de Tomás Miguel Ribeiro Paiva e Mauro Cid — Foto: Reprodução

Montagem de fotos de Tomás Miguel Ribeiro Paiva e Mauro Cid — Foto: Reprodução

O tenente-coronel Mauro Cid, ex-ajudante de ordens de Jair Bolsonaro, não assumirá mais o comando do Batalhão de Ações e Comandos de Goiânia, uma unidade de Operações Especiais da Força.

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A medida foi acertada pelo novo comandante do Exército, Tomás Miguel Ribeiro Paiva, e confirmada pelo Ministério da Defesa.

O anúncio ocorreu após reunião do Alto Comando do Exército nesta terça-feira (24) – a primeira realizada depois que o general Tomás Paiva assumiu o posto.

Oficialmente, o cancelamento da posse foi um pedido de Mauro Cid para que ele tenha tempo para se defender das investigações em curso.

"O Tenente-Coronel Mauro Cesar Barbosa Cid encaminhou requerimento ao Gabinete do Comandante do Exército solicitando adiamento do comando, e o pedido foi deferido", escreveu o Exército em nota enviada à imprensa.

Mauro Cid é alvo de inquérito no Supremo Tribunal Federal (STF) por suspeita de envolvimento no vazamento de informações sigilosas de uma apuração sobre um suposto ataque hacker ao sistema do Tribunal Superior Eleitoral (TSE).

No entanto, a medida, na prática, foi uma saída negociada para que Mauro Cid, bolsonarista de primeira hora, não assumisse um posto de comando do Exército neste momento.

A medida não impedirá que o ex-ajudante de ordens de Bolsonaro entre em novos processos de escolha para outros postos no Exército, como uma promoção para general.

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A posse de Mauro Cid foi a gota d’água para a demissão do comandante do Exército, Júlio César Arruda. Ele foi substituído pelo general Tomás Paiva no último sábado (21).

Arruda resistiu em impedir a posse do ex-ajudante de ordens de Bolsonaro. Os dois são amigos e fazem parte do grupo de Forças Especiais do Exército.

Ao ser convidado pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) para assumir o comando do Exército, o general Tomás Paiva prometeu ao presidente que tomaria as medidas defendidas por ele, mas faria tudo de forma negociada para evitar maiores tensões na Força.

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