Pessoas com deficiência denunciam falta de acessibilidade e elevadores quebrados em ônibus: 'Tem que se arrastar'
Pessoas com deficiência e mobilidade reduzida denunciam a falta de acessibilidade no transporte público do Rio. Uma das principais reclamações é sobre o elevador que deveria dar acesso a quem usa cadeira de rodas. É comum o equipamento não estar funcionando.
O passageiro Raphael Romano flagrou o momento em que uma idosa em cadeira de rodas tenta embarcar no ônibus 460, em São Cristóvão. Dois homens precisam suspender a cadeira para que ela consiga entrar, porque o elevador estava quebrado.
Dentro do ônibus, a situação não é melhor.
"O cinto eu acho que não tá funcionando não. Não tá bom, não. Tem que prender na roda porque ele não funciona. Tem que dar um laço, é um absurdo. O banco que o acompanhante do cadeirante fica sentado pra segurar e apoiar não tem, tá faltando. O jeito é dar um nó ali e ficar segurando aqui atrás”, diz Rafael.
Ele questiona como a idosa se sente.
“Muito mal, porque eu estou com a perna machucada também, tá difícil”, responde ela.
Na linha 600, que vai da Praça Saens Peña até o metrô São Francisco Xavier, os passageiros também reclamam. André de Jesus é cadeirante e diz que precisa se arrastar para conseguir embarcar quando o elevador não está funcionando.
1 de 2 Com elevador quebrado, homens ajudam passageira em cadeira de rodas a embarcar — Foto: Reprodução/TV Globo
Com elevador quebrado, homens ajudam passageira em cadeira de rodas a embarcar — Foto: Reprodução/TV Globo
As dificuldades não são somente nos transportes. Uma mãe denuncia que falta acessibilidade nas calçadas da cidade. Ao menos duas vezes por semana Aline Medeiros precisa levar o filho Michel na fisioterapia e faz o trajeto andando com a cadeira de rodas da criança.
Muitas vezes, há carros estacionados nas calçadas e ela precisa ir pelo meio da rua.
“Existem muitos obstáculos na nossa caminhada. As calçadas não estão adequadas pra uma cadeira de rodas. A cadeira do Michel vai trepidando daqui até lá. Os guardadores simplesmente quando não tem vaga onde é apropriado pra se guardar o carro, eles colocam os carros em cima da calçada. Quando eu vou e na volta com o Michel eu tenho que desviar dos carros na calçada ou quando não tem jeito eu tenho que andar na pista, na rua”, dizAline.
Sobre os carros estacionados em lugares indevidos, a Guarda Municipal afirmou que vai aumentar a fiscalização no entorno.
Em setembro do ano passado, a história de Francisco Reis, de 15 anos, emocionou uma professora que assistia ao 💥️Bom Dia Rio. Durante duas horas, a equipe de reportagem acompanhou a rotina dele, que sai do Rio Comprido para o Humaitá para estudar e encontra muita dificuldade para embarcar nos ônibus.
Durante todo o período, ele não conseguiu acessar o transporte. Uma professora que assistia foi até o local e deu uma carona para o jovem e a mãe. Relembre a história dele.
2 de 2 Mônica e Francisco contam que, na maioria dos ônibus, o elevador não funciona — Foto: Reprodução/ TV GloboMônica e Francisco contam que, na maioria dos ônibus, o elevador não funciona — Foto: Reprodução/ TV Globo
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