Josué Gomes e Skaf costuram acordo na Fiesp, e presidente segue no cargo

O empresário Josué Gomes da Silva, atual presidente da Fiesp, no Senado, em imagem de julho de 2023 — Foto: Geraldo Magela/ Agência Senado 1 de 1 O empresário Josué Gomes da Silva, atual presidente da Fiesp, no Senado, em imagem de julho de 2023 — Foto: Geraldo Magela/ Agência Senado

O empresário Josué Gomes da Silva, atual presidente da Fiesp, no Senado, em imagem de julho de 2023 — Foto: Geraldo Magela/ Agência Senado

Após assembleias e tentativas de destituição por opositores, o presidente da Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp), Josué Gomes, costurou um acordo com o seu antecessor, Paulo Skaf, para permanência no cargo.

Os dois líderes da entidade se encontraram nesta quinta-feira (26) e assinaram uma nota conjunta em que afirmam que as divergências internas precisam ser superadas.

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O acordo entre os dois empresários ocorre após um imbróglio que se tornou público há mais de dez dias envolvendo a presidência da entidade.

As discussões vieram a público no dia 16 de janeiro, quando opositores de Josué Gomes votaram pela destituição dele do cargo – resultado questionado pela defesa do empresário e por apoiadores.

Segundo fontes ouvidas pelo 💥️g1, um emissário de Gomes procurou pelo ex-presidente da federação na última sexta-feira (20) em busca de um acordo. O objetivo era articular maior diálogo com sindicatos aliados a Skaf, os mesmos que lideraram a votação de destituição do atual presidente.

O acerto foi chancelado com o documento assinado por Josué Gomes e Skaf, em encontro na sede da federação, nesta quinta.

"Concluímos que cabe a nós dar o exemplo de superação de divergências", diz a nota.

Na última quinta (19), três dias após a oposição votar por seu afastamento, a Fiesp emitiu uma nota afirmando que Gomes seguia como presidente.

Na última sexta (20), opositores se reuniram e anunciaram a posse de Elias Miguel Haddad como presidente interino. Em resposta, o presidente da Fiesp emitiu um comunicado interno a funcionários dizendo que a nomeação do substituto não é válida e que os responsáveis pelos atos sofrerão consequências.

A assembleia que decidiu pelo afastamento de Gomes, realizada no dia 16 de janeiro, teve clima acalorado. Segundo relatos de participantes, na primeira etapa da reunião, após as 14h30, Josué Gomes defendeu pontos de sua gestão.

Uma primeira votação foi feita para definir se o conselho iria aceitar ou não as alegações de defesa dele. Dos cerca de 90 votantes, 60 foram contrários aos apontamentos do presidente e 24, favoráveis.

Segundo relatos, após nova tentativa dos participantes de colocar sua destituição em votação, Josué decidiu encerrar a primeira sessão, após as 19h.

Na sequência, os representantes que permaneceram em assembleia decidiram abrir uma segunda sessão – previamente marcada para o mesmo dia. Essa, no entanto, não contou com a presença do presidente, que se retirou.

Naquele momento, foi realizada a votação pela destituição, já com menos participantes. Foram 47 votos a favor do afastamento de Josué, um voto contra e duas abstenções.

A decisão, então, passou a ser questionada.

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