Gibiteca Henfil, no Centro Cultural, tem acervo com mais de 130 mil títulos de quadrinhos

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Revistas em quadrinhos — Foto: getty images

Cores que chamam a atenção, personagens fantásticos, ação e emoção são elementos que fazem parte de qualquer grande jornada. Lado a lado, ganham contexto em pequenos quadros, que formam páginas, revistas... livros! Na capital paulista, livrarias estão se especializando em vender apenas histórias em quadrinhos.

Guilherme Lorandi é dono de uma delas, no bairro de Pinheiros, na Zona Oeste. Há três anos, adquiriu o negócio do antigo proprietário, que se aposentou.

Lorandi diz que gosta das possibilidades que esse tipo de negócio permite: "Um dia você está trabalhando com o Batman, outro dia você está trabalhando com o Che Guevara, outro dia, sei lá, com a Frida Kahlo... É uma sorte de coisas que eu acho muito diferente de qualquer outra profissão".

Brenda Campagnollo é leitora de quadrinhos e fica entusiasmada com o modo que a história é contada: "A criatividade, as cores, a forma de expressão. Às vezes, numa virada de página, você leva um susto! Como você tem isso através de um papel, sabe? É como se você estivesse vendo pelos olhos de outra pessoa uma história. Eu não sei descrever".

Este mercado está aquecido, segundo uma pesquisa do Sindicato Nacional dos Editores de Livros: o volume de vendas de novelas gráficas no estado passou de 5,85% do mercado em 2023 para quase 8% em 2022. E São Paulo corresponde a mais de um quarto das vendas desse segmento em todo o país.

Na capital também há opção pra quem quer ler quadrinhos sem precisar gastar dinheiro. A Gibiteca Henfil, que funciona dentro do Centro Cultural São Paulo, é pública e tem um acervo para todos os públicos: são 130 mil exemplares. De clássicos a histórias de heróis. E também em outras línguas.

Júlia aproveita as opções da gibiteca para treinar o inglês: "Ajuda, bastante vocabulário, que não é inglês certinho, sabe, é mais 'falado', tem umas gírias. É bem legal".

O encarregado de equipe da gibiteca, Marcos Paulo Seixas, diz que, para fazer a carteirinha do local, é só levar um RG e um comprovante de residência. Ele também destaca os benefícios das histórias em quadrinhos:

"O quadrinho faz com que você use muito a imaginação e o ser humano por si só é um ser que precisa desse local de imaginação. E o quadrinho ajuda muito isso porque une a leitura com a ilustração, faz você, além de ler, imaginar o que está acontecendo ali na cena. Isso é fantástico para a mente humana e para o desenvolvimento da criança e dos profissionais".

centrocultural.sp.gov.br

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