Com o fim dos vestibulares, estudantes podem virar mentores para passar experiência adiante

Aprovados em vestibulares podem se tornar mentores para ajudar outros estudantes — Foto: Freepik.com 1 de 6 Aprovados em vestibulares podem se tornar mentores para ajudar outros estudantes — Foto: Freepik.com

Aprovados em vestibulares podem se tornar mentores para ajudar outros estudantes — Foto: Freepik.com

Com os vestibulares chegando ao fim, os estudantes que conseguirem a tão sonhada vaga na faculdade poderão já pensar em aproveitar todo o conhecimento aprendido para virar um 💥mentor e 💥️passar a sua experiência adiante a partir deste ano.

Também chamados de monitores ou tutores, eles ajudam outros estudantes a ingressarem no ensino superior compartilhando dicas sobre o conteúdo e sugestões de como organizar os estudos. Muitos trabalham como 💥️voluntários, mas 💥️há quem receba pelas mentorias prestadas e faça disso uma carreira.

Só no caso do programa social Salvaguarda, iniciativa que visa a auxiliar alunos da rede pública, de 2023 a 2023, o número de mentores atuantes saltou de 800 para 1.500. Segundo o fundador e idealizador do projeto, Vinícius de Andrade, o marco fez com que o programa alcançasse pelo menos um voluntário de cada universidade pública brasileira.

Andrade, que é estudante de economia na USP, conta que a ideia do projeto surgiu após fazer uma pesquisa com alunos do ensino médio da rede pública e perceber que, apesar de a maioria afirmar que gostaria de continuar os estudos, poucos tinham informações sobre os meios de ingresso no ensino superior.

Ele, então, decidiu levar universitários para visitarem as escolas. A ideia era que falassem sobre os cursos que faziam, suas trajetórias e objetivos profissionais.

Vinícius de Andrade é idealizador, fundador e CEO do programa social Salvaguarda, que reúne mentores voluntários para vestibulares — Foto: Arquivo pessoal 2 de 6 Vinícius de Andrade é idealizador, fundador e CEO do programa social Salvaguarda, que reúne mentores voluntários para vestibulares — Foto: Arquivo pessoal

Vinícius de Andrade é idealizador, fundador e CEO do programa social Salvaguarda, que reúne mentores voluntários para vestibulares — Foto: Arquivo pessoal

O Salvaguarda nasceu em 2017 atuando em escolas públicas de Ribeirão Preto, no interior paulista. Desde 2023, o programa passou a ter atuação nacional. Já foram em torno de 30 mil alunos, mais de 600 aprovados, ajudados por cerca de 3 mil voluntários - universitários ou formados em alguma universidade.

O projeto Salvaguarda trabalha também em parceria com a FrentePsi, criada pela Hariff Eleonora Barbosa - ela própria uma ex-aluna de escola pública que virou mentora como forma de retribuir a ajuda que recebeu de um cursinho popular e foi decisiva para passar em psicologia na USP.

Formada em psicologia da USP, Hariff Eleonora auxilia estudantes com apoio psicológico — Foto: Arquivo pessoal 3 de 6 Formada em psicologia da USP, Hariff Eleonora auxilia estudantes com apoio psicológico — Foto: Arquivo pessoal

Formada em psicologia da USP, Hariff Eleonora auxilia estudantes com apoio psicológico — Foto: Arquivo pessoal

Fundada em 2023, quando Hariff estava prestes a se formar, a iniciativa desenvolve projetos de apoio psicológico a organizações educacionais. Segundo ela, mais de 300 alunos já foram atendidos pelo trabalho.

O mesmo espírito de retribuir a ajuda recebida foi o que levou o estudante de medicina Rafael Frizzo, de 22 anos, a virar um mentor de vestibulandos.

O estudante de medicina Rafael Frizzo conta que decidiu se tornar mentor para retribuir a mentoria que recebeu — Foto: Arquivo pessoal 4 de 6 O estudante de medicina Rafael Frizzo conta que decidiu se tornar mentor para retribuir a mentoria que recebeu — Foto: Arquivo pessoal

O estudante de medicina Rafael Frizzo conta que decidiu se tornar mentor para retribuir a mentoria que recebeu — Foto: Arquivo pessoal

A mentoria também pode ser uma 💥️oportunidade de carreira. Foi depois de buscar alternativas para aprofundar as aulas que dava em um cursinho pré-vestibular que o professor Cláudio Recco conheceu o processo de mentoria.

Formado em história pela USP e dando aulas da disciplina desde 1982, ele também exerce a função de coach e mentor desde 2023. Para ele, o 💥️papel do mentor é o mais amplo de todos.

Segundo ele, a mentoria costuma definir quais são as características, habilidades e competências para o ritmo de estudo que deve ser dedicado pelo estudante para cada uma dessas disciplinas que encontrará pela sua frente, considerando que os pesos dessas disciplinas podem ser diferentes.

O professor de história Cláudio Recco, que também atua como mentor — Foto: Arquivo pessoal 5 de 6 O professor de história Cláudio Recco, que também atua como mentor — Foto: Arquivo pessoal

O professor de história Cláudio Recco, que também atua como mentor — Foto: Arquivo pessoal

Vice-presidente para o Brasil da Rede Global de Mentores (RGMentores), instituição sem fins lucrativos que tem como objetivo integrar mentores, Kleber Rodrigues afirma que a 💥️principal diferença do mentor em relação ao coach e ao professor é que o mentor usa a sua experiência de vida como base para o desenvolvimento do trabalho.

O profissional, no entanto, destaca que conceitos utilizados no coach também podem ser combinados para auxiliar no crescimento do mentorado.

"Ao longo do processo, o mentor pode até combinar conceitos e técnicas de coaching, conceitos de livros, mas todos a partir de sua experiência, com o objetivo de criar um ser humano melhor, enquanto facilita o seu sucesso", ensina.

Kleber Rodrigues, vice-presidente para o Brasil da Rede Global de Mentores (RGMentores), atua especificamente com a mentoria — Foto: Arquivo pessoal 6 de 6 Kleber Rodrigues, vice-presidente para o Brasil da Rede Global de Mentores (RGMentores), atua especificamente com a mentoria — Foto: Arquivo pessoal

Kleber Rodrigues, vice-presidente para o Brasil da Rede Global de Mentores (RGMentores), atua especificamente com a mentoria — Foto: Arquivo pessoal

Desde 2015, Rodrigues atua especificamente com mentoria na área do desenvolvimento humano e já atendeu a mais de 800 pessoas em processos de mentoria grupais e individuais. O ingresso na rede é gratuito e permite acesso a diversos cursos (gratuitos e pagos), workshops, materiais e fóruns organizados e oferecidos pelos próprios membros.

Além da área de educação, também 💥️há profissionais pelo Brasil e no mundo prestando mentorias em outros setores, como marketing, gestão de pessoas, liderança e inovação.

Segundo Rodrigues, conhecer a experiência e o aprendizado de quem já trilhou caminhos similares nos permite ganhar tempo e precisão.

Apesar de não ser necessária uma formação, ele a considera relevante. "Qualquer pessoa com uma rica experiência em alguma área pode se tornar um mentor. Naturalmente, dentro da Rede Global de Mentores, defendemos a formação e a prova de certificação, como uma forma de adquirir novas ferramentas e credibilizar este mentor", afirma.

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