Pesquisadora da Unicamp que estudou grupos neonazistas no Brasil e integrou grupo de transição do governo morre aos 52 anos
Morreu neste domingo (29), aos 52 anos, a doutora em Antropologia Social pela Universidade Estadual de Campinas (Unicamp) Adriana Abreu Magalhães Dias. A pesquisadora, que estudou células neonazistas no país e chegou a integrar a transição do governo federal, lutava contra um câncer cerebral.
Adriana também era engajada na luta pela visibilidade das doenças raras e inclusão das pessoas com deficiência.
A Unicamp afirma que, ao longo de mais de 15 anos de pesquisas, Adriana se destacou por estudos que expuseram células nazistas no Brasil.
Um dos trabalhos foi o próprio doutorado pela 💥️Unicamp, denominado "Observando o ódio", publicado em 2018 e que abordou pensamentos e ações de integrantes do grupo de extremistas.
1 de 2 Adriana Dias, pesquisadora e antropóloga formada pela Unicamp, em Campinas (SP) — Foto: Acervo pessoal/Reprodução redes sociaisAdriana Dias, pesquisadora e antropóloga formada pela Unicamp, em Campinas (SP) — Foto: Acervo pessoal/Reprodução redes sociais
Em 2022, Adriana conversou com o 💥️g1 sobre um caso de 💥️pichação com referência neonazista feita no Instituto de Filosofia e Ciências Humanas (IFCH) da Unicamp. Na época, o instituto registrou um boletim de ocorrência na Delegacia da Diversidade e o caso passou a ser investigado.
Uma das atividades mais recentes foi a participação da audiência pública na Comissão Parlamentar de Inquérito da Câmara de Campinas para investigar o aumento de ocorrências de violência nazifascista e racistas na metrópole.
A antropóloga chegou a postar, em 1º de janeiro, uma foto no Twitter após ser submetida a uma cirurgia. Adriana estava internada em hospital de São Paulo.
O Ministério dos Direitos Humanos e da Cidadania também lamentou o falecimento da pesquisadora. A pasta, comandada por Silvio Almeida, emitiu a nota abaixo.
2 de 2 Ministério comandado por Silvio Almeida lamentou morte de pesquisadora — Foto: DivulgaçãoMinistério comandado por Silvio Almeida lamentou morte de pesquisadora — Foto: Divulgação
A Secretaria Estadual dos Direitos da Pessoa com Deficiência destacou a importância de Adriana na luta pelos direitos humanos e a considerou referência para o movimento de luta pelos direitos das pessoas com deficiência e com doenças raras.
O Instituto de Filosofia e Ciências Humanas (IFCH) da Unicamp publicou, nesta segunda-feira (30), uma nota de pesar nas redes sociais e site oficial.💥️ Leia abaixo:
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