Dólar cai e termina janeiro abaixo de R$ 5,10, à espera de Fed e BC

Dólar — Foto: Pixabay 1 de 1 Dólar — Foto: Pixabay

Dólar — Foto: Pixabay

O dólar voltou a cair e fechou a última sessão do mês em queda, à espera das decisões sobre taxa de juros no Brasil e nos Estados Unidos, que serão divulgadas na quarta-feira (1º).

A moeda norte-americana recuou 0,80%, cotada a R$ 5,0732. Veja mais cotações.

No dia anterior, a moeda norte-americana encerrou o dia em alta de 0,06%, vendida a R$ 5,1142. 💥️Com o resultado de hoje, o dólar fechou o mês com uma perda acumulada de 3,88%.

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Investidores seguem atentos à tendência de alta de juros pelo mundo. Nesta semana, os bancos centrais do Brasil, da Europa e dos EUA devem trazer decisões sobre suas taxas básicas.

No exterior, as apostas do mercado mostram que o Federal Reserve (BC dos EUA) deve aumentar sua taxa de juros na quarta-feira (1º) para entre 4,50% e 4,75%, enquanto o Banco Central Europeu (BCE) e o Banco da Inglaterra devem elevar os juros para 2,50% e 4,0%, respectivamente, na quinta-feira (2).

Para a equipe da Rico, os dados apontam para uma contínua desaceleração da inflação nos EUA. Porém, com o risco de recessão ainda presente, o mercado continua cauteloso com os ativos de risco.

“Tivemos notícias de queda de consumo, da produção industrial e da inflação nos Estados Unidos. PIB [Produto Interno Bruto] veio abaixo do esperado e isso faz com que aumente o medo da recessão, mesmo que branda. Todos esses fatores contribuem para que os juros não subam mais tanto”, comenta Rodrigo Cohen, analista de investimentos e co-fundador da Escola de Investimentos.

Para Rafael Scardua, sócio da Matriz Capital, caso realmente haja sinalização de afrouxamento no aumento das taxas de juros nos EUA, os mercados devem reagir positivamente. “Se a decisão abrir espaço para que seja iniciada a queda da taxa de juros, as empresas terão mais espaço para se expandir”.

Já por aqui, o Comitê de Política Monetária (Copom) também define na quarta-feira como ficará a taxa básica de juros da economia, a Selic, atualmente em 13,75%.

Jaiana Cruz, planejadora financeira e sócia da AVG Capital, acredita que a queda da Selic possa se tornar realidade somente a partir do segundo semestre de 2023, "porque o cenário continua repleto de incertezas".

"À medida que começarmos a ver uma inflação menor, o BC vai atuar para que a taxa de juros seja compatível. Mas hoje temos um cenário de riscos fiscais e, até que a gente veja a inflação melhorando de fato, acredito que a estratégia seguirá sendo a de manutenção de juros", prevê Ricardo Jorge, especialista em renda fixa e sócio da Quantzed.

Investidores ainda ficam de olho nas eleições internas no Congresso que acontecem nesta semana.

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