Sindicato de Policiais Penais diz que fuga de presos de Bangu 6 aconteceu por 'omissão do estado'

O💥️ Sindicato de Policiais Penais do RJ disse que a fuga de presos de Bangu 6 aconteceu por omissão do estado. A Secretaria de Administração Penitenciária (Seap) tem até quinta-feira (2) para prestar esclarecimentos sobre o caso à Justiça. Três fugitivos ainda estão foragidos.

Uma nova leva de questionamentos foi enviada à Seap. A pedido da Defensoria Pública, o 💥️juiz Bruno Rulière, da Vara de Execuções Penais (VEP), intimou a Superintendência de Controle e Monitoramento de Câmeras da secretaria a responder:

A falta de energia foi o argumento apresentado pelos agentes que estavam de plantão na madrugada de domingo (29) para que as câmeras não tenham registrado a fuga.

A Light informou que não houve queda na unidade entre a noite de sábado (28) e a manhã de domingo (29).

A concessionária monitora o fornecimento por um sistema automatizado, que não indicou falta de energia.

A Light também não registrou nenhuma notificação por parte de clientes na região.

Fontes ouvidas pelo 💥️RJ1 disseram que os problemas no gerador e a falta de baterias nas câmeras de vigilância já eram conhecidos da cúpula da Secretaria de Administração, assim como a falta de policiais penais para cobrir todos os plantões.

Em dezembro de 2023, o governador Cláudio Castro (PL) reconheceu, num decreto, que a Seap estava com grande déficit de servidores. Ele pontuou que isso prejudica o desenvolvimento das atividades nas unidades.

O governador, então, cancelou as cessões de policiais penais e servidores do quadro da secretaria a todos os órgãos do Judiciário, Legislativo e Executivo.

Mas no boletim interno desta terça (1), a Seap renovou a cessão de 31 servidores à Alerj, entre eles, agentes que poderiam estar nos presídios.

A Seap e a Polícia Civil estão investigando se houve omissão dos servidores da Seap na fuga dos presos.

Gutembergue de Oliveira, presidente do Sindicato de Policiais Penais do RJ — Foto: Reprodução/TV Globo 1 de 4 Gutembergue de Oliveira, presidente do Sindicato de Policiais Penais do RJ — Foto: Reprodução/TV Globo

Gutembergue de Oliveira, presidente do Sindicato de Policiais Penais do RJ — Foto: Reprodução/TV Globo

Mas quem representa os policiais penais diz que o maior problema está na falta de estrutura de trabalho e de pessoal.

O Sindicato de Policiais Penais diz que a Penitenciária Lemos Brito deveria ter 180 agentes, mas só 5 estavam de plantão para cuidar dos mais 700 presos de Bangu 6.

“Naquela turma, nós tínhamos cinco. Na turma que rendeu, que detectou a fuga, na hora do confere, eram quatro. Quando você fala da fuga, que o policial penal era pra estar ali, ou acolá, nós temos que na verdade fazer uma avaliação da rotina diária”, diz o presidente do Sindicato de Policiais Penais do RJ, Gutembergue de Oliveira.

Ele reforça que a corda feita com lençóis pelos presos — a chamada Teresa — não foi feita de um dia para o outro.

““Não podemos fazer, esperar o pote, o copo entornar, pra dizer que não conhecíamos a realidade do sistema. Conhecemos sim. O sindicato é conhecedor, a administração pública é conhecedora, o MP é conhecedor e a Vara de Execuções Penais é conhecedora dessa situação do sistema, até porque se arrasta há muito tempo.”

“O estado deve, deve apurar os fatos, até porque, na apuração dos fatos, nós vamos provar sem dúvida nenhuma que aquilo ocorreu muito mais por omissão do estado.”

Os três fugitivos ainda não foram recapturados.

O 💥️Disque Denúncia está oferecendo 💥️recompensa de R$ 2 mil por informações sobre o paradeiro de cada um dos criminosos.

Disque Denúncia oferece recompensa por detentos que fugiram do presídio em Bangu — Foto: Divulgação/Disque Denúncia 2 de 4 Disque Denúncia oferece recompensa por detentos que fugiram do presídio em Bangu — Foto: Divulgação/Disque Denúncia

Disque Denúncia oferece recompensa por detentos que fugiram do presídio em Bangu — Foto: Divulgação/Disque Denúncia

Entre os presos que deixaram a cadeia está Jean Carlos Nascimento dos Santos, o Jean do 18, que chefiou o tráfico do Morro do Dezoito, em Água Santa, na Zona Norte.

Ele estava preso desde 2017. Também fugiram Lucas Apostólico da Conceição, conhecido como Índio do Jardim Novo, e Marcelo de Almeida Farias Sterque, o Marcelinho da Merindiba.

A cela onde o trio estava foi encontrada com parte da grade serrada.

Bandidos serraram as grades antes da fuga — Foto: g1 Rio 3 de 4 Bandidos serraram as grades antes da fuga — Foto: g1 Rio

Bandidos serraram as grades antes da fuga — Foto: g1 Rio

O 💥️RJ1 perguntou para a Seap se eles mantêm a versão sobre a falta de energia, diante da informação da Light de que não houve queda na rede, mas a assessoria não respondeu.

Desde terça-feira (31), a Seap não responde às perguntas da equipe de reportagem.

A secretaria tem dito que todas as informações disponíveis integram o processo de sindicância instaurado para apurar as circunstâncias da fuga.

Local por onde os detentos fugiram — Foto: g1 Rio 4 de 4 Local por onde os detentos fugiram — Foto: g1 Rio

Local por onde os detentos fugiram — Foto: g1 Rio

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