Semanas após gambá ser filmado comendo parte de corpo no IML do RJ, Polícia Civil proíbe permanência de animais em postos técnic
Três semanas após um vídeo registrar um gambá comendo parte de corpo de um homem morto, em uma das salas do Instituto Médico Legal (IML) do Centro do Rio de Janeiro, a Polícia Civil decidiu baixar uma norma que proíbe a permanência e a alimentação de animais — incluindo cães e gatos —, nas Unidades de Polícia Técnico-Cientificado do Estado (UPTCs). 💥️Veja mais abaixo o vídeo.
A resolução foi assinada pelo perito legista Roger Vinícius Ancillotti, superintende-geral de Polícia Técnico-Científica.
Escreveu Ancillotti na decisão: "💥️Fica vedada a permanência de animais nas dependências internas das UPTCs (Instituto de Criminalística Carlos Éboli (ICCE), Instituto Médico Legal Afrânio Peixoto (IMLAP), Instituto de Identificação Félix Pacheco (IIFP), Instituto de Pesquisa e Perícia em Genética Forense (IPPGF) e Postos Regionais de Polícia Técnica e Científica (PRPTCs)),💥️ bem como a alimentação destes nas dependências internas e externas dos órgãos de polícia técnica."
A 💥️medida, que foi publicada no Boletim Interno da instituição dessa terça-feira (31), causou💥️ questionamentos por alguns profissionais das instituições. Eles não sabem para onde serão levados os animaizinhos que vivem nos arredores dos locais, muitos deles cães e gatos que são cuidados por servidores.
1 de 1 Portaria foi publicada no Boletim Interno da Polícia Civil — Foto: ReproduçãoPortaria foi publicada no Boletim Interno da Polícia Civil — Foto: Reprodução
Na normativa, Ancillotti afirma que "as UPTCs são locais que se executam atividades notoriamente insalubres, com manipulação de material biológico, cadáveres ou partes destes vestígios coletados de cenas de crimes potencialmente contaminados, gerando em muitos casos, resíduos afetos aos serviços de saúde classificados no Grupo A, conforme RDC ANVISA 306/04."
Ainda de acordo com a portaria, "é dever do Estado cuidar do bem-estar e segurança dos usuários de seus serviços, zelando sempre pela adoção de princípios basilares da biossegurança para prevenir acidentes, preservando a saúde pública e o meio ambiente."
Servidores ouvidos pelo g1 afirmaram que a decisão é preocupante porque muitas pessoas abandonam animais nos IMLs e os bichos acabam sendo adotados e cuidados pelos profissionais desses espaços, como é o caso da unidade do Centro. Atualmente, no local, existem vários gatos que são tratados por servidores.
Um segundo profissional lembra que no IML de Cabo Frio os profissionais chegaram a construir uma casinha para um cão que acabou se tornando mascote do espaço.
Ainda de acordo com o documento, para evitar que bichos passeiem por corpos, como no caso do gambá, a direção de cada Unidade de Polícia Técnico-Cientificado do Estado terá que "providenciar os meios sanitários adequados para o efetivo controle de vetores e zoonoses."
Ao💥️ g1, o vereador💥️ Luiz Ramos Filhos, presidente da Comissão de Defesa dos Animais da Câmara de Vereadores do Rio, afirmou que vai sugerir que a portaria seja reavaliada. O parlamentar informou que encaminhará um ofício ao governador Cláudio Castro (PL) e o superintende-geral de Polícia Técnico-Científica.
“Acho radical proibir até mesmo os servidores de alimentar os animais do lado de fora dos órgãos. Dentro do laboratório onde são analisados pedaços de corpos, eu compreendo a proibição, mas em outros locais não. Vou tentar marcar uma reunião com o superintendente para saber se não há possibilidade de reavaliar e chegar a uma decisão que não atrapalhe o trabalho nem prejudique os bichinhos”, diz.
Por sua vez, o vereador de Niterói Daniel Marques afirmou que confia que Castro vá rever a portaria da Polícia Civil. Ele lembou que o RJPet foi criado para cuidar dos animais no estado.
"Confiamos que o governador não vá deixar isso acontecer, porque temos hoje um secretário que levou o RJPet pra dentro da pasta da saúde - que é uma pessoa que tem afeto aos animais.💥️ Acredito que seja melhor fazer um rearranjo do que proibir. Tirar os animais que vivem nesses locais, só se for para uma adoção responsável e com animais castrados", disse Marques, que completou:
"A minha sugestão é: que seja conversado com os protetores de cada região para que possa haver um acordo para manter os animais que ali vivem e não atrapalham o serviço e os que são aptos para adoção, que tem contato com humanos, sejam enviados para adoção responsável. Confiamos que o Governo do Estado não deixe que isso aconteça. Vou entrar em contato para resolver isso da melhor maneira possível", informou.
O💥️ g1 procurou o RJPet que ainda não comentou a decisão da Polícia Civil.
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