Eleição na Câmara e no Senado: veja a análise dos comentaristas da GloboNews

1 de 1 Rodrigo Pacheco e Arthur Lira foram reeleitos presidentes do Senado e da Câmara — Foto: Câmara dos Deputados e Agência Senado

Rodrigo Pacheco e Arthur Lira foram reeleitos presidentes do Senado e da Câmara — Foto: Câmara dos Deputados e Agência Senado

Deputados federais e senadores assumiram os mandatos nesta quarta-feira (1º), em Brasília. Logo após a posse, os parlamentares votaram para escolher os próximos presidentes da Câmara dos Deputados e do Senado.

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No Senado, o senador Rodrigo Pacheco (PSD) foi reeleito presidente, com 49 votos. Ele enfrentava Rogério Marinho (PL), que representava a ala bolsonarista da Casa.

Enquanto isso, na Câmara, Arthur Lira (PP) também foi reeleito presidente, com 464 votos. Ele venceu Chico Alencar (PSOL) e Marcel Van Hattem (Novo).

Para comentaristas da💥️ GloboNews, a vitória de Pacheco sobre Marinho representa uma vitória para o atual governo e, de certa forma, uma derrota para o bolsonarismo.

Já em relação à vitória de Arthur Lira, os comentaristas analisaram que este já era um cenário esperado. 💥️

Para 💥️Natuza Nery, a vitória de Rodrigo Pacheco já era prevista e, de certa maneira, foi confortável.

Natuza relembrou a campanha de Marinho para o Senado, incluindo a atuação de bolsonaristas nas redes sociais. No entanto, para ela, o voto secreto prevaleceu e favoreceu Pacheco.

A disputa ainda, segundo Natuza, representou um embate entre o campo político que condenou os atentados golpistas do 8 de janeiro e aqueles que defendiam os acampamentos bolsonaristas.

"Essa foi uma disputa que atingiu a um só tempo Presidência da República, Congresso Nacional, Supremo Tribunal Federal e, também, democracia."

A jornalista indica ainda que o número de votos de Marinho (32) pode representar o tamanho da oposição que o governo Lula vai enfrentar no Senado.

Para 💥️Fernando Gabeira, a votação no Senado foi uma espécie de terceiro turno das eleições presidenciais, como uma tentativa da direita de retomar o espaço político, o que poderia causar problemas para o governo Lula.

Já em relação à vitória de Arthur Lira, Gabeira disse que a votação recorde na Câmara se deu graças ao fato de o governo Lula ter decido não enfrentar uma candidatura que era favorita.

Para 💥️Gerson Camarotti, a campanha agressiva de Rogério Marinho pode ter causado um efeito reverso, já que vários senadores se sentiram incomodados com a intimidação que enfrentaram nas redes sociais e com os pedidos de votos.

Apesar disso, a movimentação entorno da campanha de Marinho causou preocupação no Palácio do Planalto, segundo o jornalista.

Agora, para Camarotti, a análise fica voltada para o controle da agenda política no Senado. O jornalista disse que, durante o governo Bolsonaro, Rodrigo Pacheco foi considerado fundamental em várias matérias importantes.

"Ele foi uma espécie de freio de arrumação quando a pauta ambiental estava correndo um sério risco. E agora, no governo Lula, ele vai exercer o mesmo papel", afirmou.

A comentarista💥️ Ana Flor disse que o Palácio do Planalto trabalhou para que Rodrigo Pacheco fosse eleito, investindo muito na campanha de reeleição do mineiro nos últimos dias.

"Eu conversava com senadores, tanto governistas quanto de outros partidos, que relataram telefonemas de ministros, idas às casas de senadores que estavam aparentemente em dúvida. Tamanha era a necessidade de o governo garantir a vitória de Rodrigo Pacheco", disse.

A jornalista apurou ainda que o presidente Lula ligou para Pacheco depois da eleição. Para ela, a vitória do senador significou alívio para o governo.

Sobre a vitória de Arthur Lira na Câmara, Eliane Cantanhêde disse que o presidente reeleito da Casa está dando sinais que pode surpreender, já que ele era um superaliado de Jair Bolsonaro, mas vem se descolando do ex-presidente.

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