Amante do carnaval, Glória Maria contava que mesmo trabalhando duro, se divertia e caía no samba
Glória Maria e Zico brilham em carro da Imperatriz Leopoldinense, no carnaval de 2015, no enredo em homenagem a Nelson Mandela — Foto: Daniel Pinheiro/AgNews
Para a jornalista Glória Maria, carnaval sempre foi sinônimo de muito trabalho. Mas, amante da folia, ela sempre dava um jeito de se divertir. Em 2016, no programa "Encontro com Fátima Bernardes", ela contou que trabalhou duro durante 20 anos na cobertura dos desfiles das escolas de samba. Mas que descontou o tempo perdido nos dois anos que desfilou na Sapucaí.
"Adoro carnaval. Foram 20 anos de trabalho duro na avenida, principalmente porque trabalhava na concentração, que é onde o trabalho era mais pesado, dois anos de transmissão (dos desfiles) e nunca brincava o carnaval. Mas mesmo quem trabalha no carnaval sabe que aquele é o momento em que você realmente rasga a fantasia e cai no samba", disse Glória em entrevista a Fátima Bernardes.
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A jornalista, que em 2016 foi convidada para ser rainha do Baile da Vogue, contou que se divertiu para valer nos dois anos em que desfilou na Sapucaí. Em 2014, com o elenco da Globo, numa alegoria da Beija-Flor de Nilópolis, que se apresentou com um enredo homenageando Boni, ex-diretor geral da Globo.
2 de 2 Glória Maria, ao lado do elenco da Globo, no desfile de 2014 da Beija-Flor, em homenagem ao ex-diretor Boni — Foto: TV Globo/ReproduçãoGlória Maria, ao lado do elenco da Globo, no desfile de 2014 da Beija-Flor, em homenagem ao ex-diretor Boni — Foto: TV Globo/Reprodução
No ano seguinte, a jornalista voltou a desfilar como destaque num carro da Imperatriz Leopoldinense. Glória Maria desfilou ao lado do ex-jogador de futebol Zico, no enredo em homenagem ao líder sul-africano Nelson Mandela.
"Foram os dois anos em que mais me diverti", afirmou Glória Maria.
O amor de Glória Maria pelo carnaval antecede o seu trabalho como jornalista. Ainda jovem, escondida dos pais, em 1970, foi coroada a primeira princesa do bloco Cacique de Ramos, da Zona Norte. Em suas redes sociais, o bloco e as escolas de samba do Rio prestaram as últimas homenagens à jornalista.
"Na manhã desta quinta-feira (2), recebemos com enorme tristeza a notícia de sua partida. No coração da família caciqueana sua lembrança e orgulhosa trajetória será sempre presente. Com fé em Deus pedimos que o amor conforte aos familiares e amigos. Descanse em paz, princesa Glória", disse o Cacique de Ramos em suas redes sociais.
"O Império Serrano lamenta o falecimento da jornalista Glória Maria, uma grande apaixonada pelo carnaval e que foi âncora, no início dos anos 2000, das transmissões dos desfiles do Rio de Janeiro. Desejamos força aos famílias, amigos e fãs dessa grande ícone da TV brasileira".
"Toda partida de uma mulher mexe demais comigo. Agora, quando perdemos uma ícone na luta pela valorização da mulher e do combate ao racismo, a dor é ainda mais forte. Obrigada por sempre lutar pelo nosso espaço. A Estrela está de luto. Descanse em paz, Glória Maria".
"Pioneira! Perdemos a GIGANTE Glória Maria, um dos maiores ícones da televisão e do jornalismo brasileiro. Em 1988, desfilou conosco na comissão de frente no ano do centenário da abolição da escravatura. Glória deixou sua marca na história do país abrindo caminho para que pessoas negras pudessem ocupar espaços no telejornalismo brasileiro. Nossos sentimentos aos familiares, amigos e admiradores de Glória Maria".
"Todas nossas condolências para os familiares e amigos da jornalista Glória Maria, que faleceu nesta quinta-feira (2). Um ícone da TV brasileira por sua representatividade, principalmente, para o povo preto. Descanse em paz, Glória!"
"Glória Maria era sinônimo de força, alegria e vitalidade. Em suas reportagens, entrava em nossas casas com informação, credibilidade e irreverência. Apaixonada por Carnaval, era uma foliã e sempre estava presente nos desfiles. Sem dúvidas, já deixa muitas saudades. O presidente, Fábio Pavão, o vice-presidente, Junior Escafura, e toda a família portelense lamentam a morte de Glória Maria e se solidarizam com familiares, amigos e fãs da jornalista".
"Perdemos Glória Maria, a jornalista ícone da TV. Na Globo desde 1971, a carioca foi a primeira repórter a entrar ao vivo e, em cores, no Jornal Nacional. De 1998 a 2007, apresentou o Fantástico e, desde 2010, integrava a equipe do Globo Repórter. Glória foi e continuará sendo uma representatividade negra na televisão brasileira. Siga em PAZ, Glória Maria!"
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