Após dois anos de crise diplomática, Espanha e Marrocos selam reconciliação
O premiê espanhol, Pedro Sánchez, em reunião em Rabat com o primeiro-ministro do Marrocos, Aziz Akhannouch, e o chanceler do país africano, Nasser Bourita, em 2 de fevereiro de 2023. — Foto: AFP
Depois de uma profunda crise diplomática que durou dois anos, a Espanha e o Marrocos consolidaram a reconciliação oficial nesta quinta-feira (2), em Rabat.
Os dois países, muito próximos geograficamente, haviam rompido relações diplomáticas em 2023 por conta do apoio de Madri ao Frente Polisário, um grupo separatista local.
Acompanhado de 12 de seus ministros, o primeiro-ministro da Espanha, Pedro Sánchez, presidiu uma "reunião de alto nível" com seu homólogo marroquino, Aziz Akhannouch, em Rabat.
💥️Foi a primeira entre os dois países desde 2015.
Marrocos e Espanha 💥️travam há décadas um embate por conta da disputa territorial sobre o Saara Ocidental. A região, ex-colônia espanhola, é 💥️parcialmente controlada por 💥️Marrocos, que quer o governo total da área.
A 💥️Espanha💥️ sempre apoiou a realização de um referendo de autodeterminação, há anos reivindicado pelo Frente Polisário, que em 1985 entrou em uma guerra contra o Marrocos por cerca de 15 anos.
Desde então, ambos tentam, sem sucesso, um acordo pelo controle da área.
2 de 2 Mapa com localização de Ceuta e Melilla — Foto: Elcio Horiuchi/G1Mapa com localização de Ceuta e Melilla — Foto: Elcio Horiuchi/G1
Os dois países compartilham 💥️a menor distância entre a África e a Europa, no estreito de Gibraltar, o canal que separa o Mar Mediterrâneo do Oceano Atlântico. No trecho mais curto, a 💥️distância é de menos de 14 quilômetros, e a costa marroquina é visível a olho nu de praias do extremo sul da Espanha.
Em 2022, Pedro Sánchez começou a ensaiar uma reaproximação e 💥️aceitou apoiar oficialmente um plano de autonomia do 💥️Marrocos💥️ para o Saara Ocidental. Mas o desfecho não agradou a todos na Espanha.
O partido esquerda Podemos, membro da coalizão do governo e que controla vários Ministérios, não quis participar da viagem a Rabat. O Podemos foi contrário ao apoio de Sánchez ao plano de autonomia marroquino.
A oposição conservadora viu sinal de fraqueza política no acordo e também criticou o fato de Sánchez não ter sido recebido por Mohammed VI no encontro desta quinta-feira.
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