Moraes determina apuração sobre declarações de Marcos do Val a respeito de plano golpista

Senador Marcos do Val acusou o ex-presidente Jair Bolsonaro e o ex-deputado federal Daniel Silveira de organizarem uma reunião para propor que do Val gravasse uma conversa que pudesse comprometer Alexandre de Moraes.

  • Moraes considerou que é preciso investigar se o político cometeu crimes de falso testemunho, denunciação caluniosa e coação no curso do processo.

  • Moraes pediu que órgãos de imprensa que entrevistaram o senador entreguem a íntegra das gravações.

  • O ministro pediu que órgãos de imprensa que entrevistaram o senador entreguem a íntegra das gravações.

    O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), determinou nesta sexta-feira (3) abertura de uma apuração sobre as declarações do senador Marcos do Val (Podemos-ES) a respeito de um plano golpista.

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    Moraes considerou que há a necessidade de diligências para saber se o político cometeu os crimes de falso testemunho, denunciação caluniosa e coação no curso do processo.

    À revista "Veja", do Val acusou o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) e o ex-deputado Daniel Silveira (PTB-RJ) de organizarem uma reunião, em dezembro, para propor gravar sem autorização alguma conversa que comprometesse Moraes, que também preside o Tribunal Superior Eleitoral (TSE).

    Já em entrevista à 💥️GloboNews e em depoimento à Polícia Federal, o senador não atribuiu a responsabilidade do plano golpista ao ex-presidente.

    Segundo o magistrado, como do Val apresentou versões divergentes, é preciso esclarecer o que de fato ocorreu.

    Marcos do Val discursando no Senado — Foto: Waldemir Barreto/Agência Senado 1 de 1 Marcos do Val discursando no Senado — Foto: Waldemir Barreto/Agência Senado

    Marcos do Val discursando no Senado — Foto: Waldemir Barreto/Agência Senado

    Moraes pediu ainda que os veículos de imprensa que conversaram com o senador nesta semana entreguem ao Supremo as íntegras das entrevistas.

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    A live realizada no Instagram pelo político com integrantes do Movimento Brasil Livre (MBL), em que as primeiras acusações de Marcos do Val foram feitas, também deverá ser disponibilizada pela Meta à Corte.

    Na quarta, após a reeleição de Rodrigo Pacheco (PSD-MG) para comandar o Senado pelos próximos dois anos, Marcos do Val discutiu com o grupo político de direita.

    O MBL "acusava" do Val de ter votado em Pacheco na disputa contra o senador Rogério Marinho (PL-RN) – ex-ministro de Jair Bolsonaro e considerado o "candidato do bolsonarismo" ao comando do Senado.

    Marcos do Val abriu uma live no Instagram para refutar essas falas e incluiu, na transmissão, dois membros do MBL. Como resultado, o senador e os ativistas protagonizaram um bate-boca.

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