Jogador Willian Arão relata clima de luto e devastação após terremoto na Turquia deixar mais de mil mortos: 'Tragédia se

Um terremoto de 7,8 de magnitude deixou mais de 2 mil mortos na Turquia e na Síria nesta segunda-feira (6).

  • O jogador de futebol brasileiro Willian Arão relatou clima de luto e devastação no país.

  • "Tem muita gente se mobilizando, já tem muita gente saindo propriamente de Istambul, que é propriamente onde eu vivo, indo pra lá [área mais afetada], ajudando, todo mundo de alguma forma tentando ajudar", afirmou.

  • O tremor foi tão forte quanto um registrado no país em 1939 e que vitimou mais de 30 mil pessoas.

    O jogador brasileiro Willian Arão, que é paulistano, já jogou no Flamengo e atualmente mora em Istambul, na Turquia, relatou durante entrevista à💥️ GloboNews o clima de luto, medo e devastação no país. Um terremoto de 7,8 de magnitude na região central da Turquia deixou mais de 2 mil mortos na manhã desta segunda-feira (6). Veja fotos do terremoto ao final da reportagem.

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    Segundo o Serviço Geológico dos Estados Unidos (USGS), 💥o tremor foi💥 tão forte quanto um registrado no país em 1939💥 e que vitimou mais de 30 mil pessoas.

    "Infelizmente o clima também não tem ajudado, porque em algumas partes ainda há neve, tem muito frio, então isso também dificulta um pouco, mas é um clima de luto mesmo, muita tristeza", disse o jogador.

    Arão contou que estava concentrado para um jogo marcado para esta noite quando soube do terremoto. O local onde o jogador estava fica a cerca de 1.400 quilômetros do epicentro do tremor principal.

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    Jogador Willian Arão, ex-Flamengo, atualmente no Fenerbahçe, relata situação da Turquia após terremoto  — Foto: GloboNews/Reprodução 1 de 6 Jogador Willian Arão, ex-Flamengo, atualmente no Fenerbahçe, relata situação da Turquia após terremoto  — Foto: GloboNews/Reprodução

    Jogador Willian Arão, ex-Flamengo, atualmente no Fenerbahçe, relata situação da Turquia após terremoto  — Foto: GloboNews/Reprodução

    "Eu não senti, a gente não sentiu o tremor aqui em Istambul. Depois de saber, tranquilizei a família, perguntei como a minha família aqui em Istambul estava, porque, como a gente tinha jogo, eu estava concentrado. Depois também falei com os meus irmãos, falei com o meu pai, dizendo que estava tudo bem. Mas a gente jogou nessa cidade, em Gaziantep, há semanas e, provavelmente, muitas dessas pessoas estavam no estádio também."

    "Os próprios jogadores que têm amigos, alguns trabalhadores do nosso time, os funcionários, todos eles têm amigos de algumas partes desses lugares [atingidos]. Então, você vê apreensão neles e sente a dor deles, porque pode acontecer com qualquer um. É muito triste. Você vê crianças, você vê gente de todas as idades. E, como eu disse, tem ainda a questão do frio também que em algumas partes estão com -2°C, -3°C, sensação de -5°C", diz.

    Prédio destruído após terremoto em Jandaris, no distrito de Afrin, noroeste da Síria, nesta segunda-feira (6) — Foto: Rami al Sayed/AFP 2 de 6 Prédio destruído após terremoto em Jandaris, no distrito de Afrin, noroeste da Síria, nesta segunda-feira (6) — Foto: Rami al Sayed/AFP

    Prédio destruído após terremoto em Jandaris, no distrito de Afrin, noroeste da Síria, nesta segunda-feira (6) — Foto: Rami al Sayed/AFP

    O jogador ainda relatou sobre os moradores estarem se unindo para ajudar nas buscas pelos soterrados nas áreas atingidas.

    "Tem muita gente se mobilizando, já tem muita gente saindo propriamente de Istambul, que é propriamente onde eu vivo, indo pra lá [área mais afetada], ajudando, todo mundo de alguma forma tentando ajudar. Eu consegui ver o pessoal do clube tentando bolar uma estratégia pra ver como nós, jogadores e o próprio clube, poderíamos ajudar de alguma forma."

    Esse foi um dos abalos sísmicos mais mortais que ocorreram nas últimas décadas na Turquia, uma das zonas de terremotos mais ativas do mundo. Até a última atualização desta reportagem, milhares de pessoas ainda estavam desaparecidas.

    Segundo especialistas e centros de pesquisa de atividades sismológicas, os principais pontos que podem explicar, em parte, o tamanho da destruição provocada são:

    Ainda de acordo com o Serviço Geológico dos Estados Unidos, apenas três terremotos de magnitude 6 ou mais ocorreram nas proximidades do tremor desta segunda desde 1970. Um dos maiores, de magnitude 6,7, ocorreu a nordeste do terremoto desta segunda-feira, em 24 de janeiro de 2023.

    E todos esses terremotos anteriores ocorreram ao longo ou nas proximidades da falha da Anatólia Oriental.

    Terremoto mata mais de mil na Turquia e na Síria — Foto: Arte/g1 3 de 6 Terremoto mata mais de mil na Turquia e na Síria — Foto: Arte/g1

    Terremoto mata mais de mil na Turquia e na Síria — Foto: Arte/g1

    💥O Círculo de Fogo do Pacífico (uma região longe desse tremor de segunda) é a área com mais terremotos no mundo.💥Mas, historicamente, o sul da Turquia e o norte da Síria sofreram terremotos significativos e prejudiciais no passado.

    Aleppo, na Síria, por exemplo, foi devastada várias vezes por grandes terremotos:

    Já na Turquia,💥💥além do terremoto de 1939, outros eventos significativos aconteceram mais recentemente, como:

    Equipes de resgate tentam alcançar sobreviventes presos dentro de um prédio que desabou em Adana, Turquia — Foto: IHA via AP 4 de 6 Equipes de resgate tentam alcançar sobreviventes presos dentro de um prédio que desabou em Adana, Turquia — Foto: IHA via AP

    Equipes de resgate tentam alcançar sobreviventes presos dentro de um prédio que desabou em Adana, Turquia — Foto: IHA via AP

    Pessoas procuram sobreviventes nos escombros de prédios destruídos na cidade de Harem, perto da fronteira com a Turquia, província de Idlib, Síria, nesta segunda-feira (2) — Foto: Ghaith Alsayed/AP 5 de 6 Pessoas procuram sobreviventes nos escombros de prédios destruídos na cidade de Harem, perto da fronteira com a Turquia, província de Idlib, Síria, nesta segunda-feira (2) — Foto: Ghaith Alsayed/AP

    Pessoas procuram sobreviventes nos escombros de prédios destruídos na cidade de Harem, perto da fronteira com a Turquia, província de Idlib, Síria, nesta segunda-feira (2) — Foto: Ghaith Alsayed/AP

    Pessoas procuram sobreviventes nos escombros em Diyarbakir, nesta segunda-feira (6) — Foto: Sertac Kayar/Reuters 6 de 6 Pessoas procuram sobreviventes nos escombros em Diyarbakir, nesta segunda-feira (6) — Foto: Sertac Kayar/Reuters

    Pessoas procuram sobreviventes nos escombros em Diyarbakir, nesta segunda-feira (6) — Foto: Sertac Kayar/Reuters

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