Carnaval 2023: blocos reclamam de falta de verba e pedem mais diálogo com a Prefeitura de SP

Bloco Baco do Parangolé, na Praça Aureliano Leite, bairro da Água Branca, zona oeste de São Paulo, nesta quinta-feira, 21 de abril de 2022. — Foto: FELIPE RAU/ESTADÃO CONTEÚDO 1 de 1 Bloco Baco do Parangolé, na Praça Aureliano Leite, bairro da Água Branca, zona oeste de São Paulo, nesta quinta-feira, 21 de abril de 2022. — Foto: FELIPE RAU/ESTADÃO CONTEÚDO

Bloco Baco do Parangolé, na Praça Aureliano Leite, bairro da Água Branca, zona oeste de São Paulo, nesta quinta-feira, 21 de abril de 2022. — Foto: FELIPE RAU/ESTADÃO CONTEÚDO

Organizadores de blocos de carnaval na cidade de São Paulo reclamam da falta de repasse de verba prometida pela prefeitura da capital para a realização da festa.

“Não tem uma notícia verdadeira, ou definitiva, sobre a data de pagamento, o que vai deixar blocos de fora do carnaval, porque eles não vão colocar R$ 14 mil sem ter a certeza de que vão receber os R$ 14 mil — e não vão pôr o bloco na rua”, afirmou José Cury, coordenador do Fórum Aberto dos Blocos de Carnaval de SP.

A administração municipal admitiu a falha, disse que houve um erro no sistema e que a previsão é a de que os pagamentos aconteçam ainda em fevereiro.

Para Thais Haliski, da Comissão Feminina do carnaval de rua, mesmo que o dinheiro saia, vai sobrar pouco tempo para organizar o evento:

"Como você oferece um edital de premiação para fazer o carnaval e não dá um prazo para que essas pessoas recebam esses recursos e façam seus contratos? Está tudo muito no escuro, a gente não sabe direito como tudo vai acontecer”.

Pela agenda divulgada pela prefeitura, serão 511 desfiles de blocos durante todo período do carnaval. O número total caiu quase 25% em relação a 2023. Neste ano, não haverá festa no Largo da Batata, na Avenida Engenheiro Luiz Carlos Berrini ou na Avenida Tiradentes, circuitos que já reuniram multidões em outros carnavais.

Os chamados megablocos, com público acima de 40 mil pessoas, vão ficar concentrados nas avenidas Brigadeiro Faria Lima, Marquês de São Vicente, Luiz Dumont Villares, no Ibirapuera, e também nas ruas Laguna e Consolação.

Na Praça da República, a prefeitura vai montar estruturas para atendimento a mulheres vítimas de violência e apoio à população LGBTQIAP+.

"Mas detalhes, por exemplo, sobre tendas de acolhimento, quantas são, onde vão estar e efetivo de segurança a gente tem informações genéricas. A gente não sabe detalhes, por exemplo, de campanhas contra assédio”, apontou Thais.

Outro problema histórico nos desfiles de rua é o número de banheiros químicos. Neste ano, vai crescer em relação ao último carnaval, antes da pandemia: de quase 21 mil em 2023, para 28 mil em 2023.

"São sete coletivos atuantes em São Paulo que conhecem o carnaval. Nós representamos mais de 400 blocos. Falar conosco é conhecer todos os problemas do carnaval. Nós estamos fora da mesa de organização. A comissão convocada neste ano foi muito pró-forma", disse Cury.

A prefeitura afirmou que o diálogo com as organizações dos blocos é diário e que as reuniões com as subprefeituras começaram a ser marcadas no início de janeiro.

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