'A demanda por veículos dá sinais de desaceleração em 2023', diz Anfavea
'A demanda por veículos dá sinais de desaceleração em 2023', diz Anfavea — Foto: Nacho Doce/Reuters
Com 142,9 mil veículos emplacados, janeiro registrou um aumento de vendas de 12,9% na comparação com o mesmo mês do ano passado. O crescimento não é reflexo, porém, aumento de demanda, segundo o presidente da Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores (Anfavea), Márcio de Lima Leite.
Segundo o executivo, deve-se a uma base de comparação baixa, já que em janeiro de 2022 as fábricas de veículos estavam mais afetadas pela falta de componentes do que hoje.
Já a produção alcançou 152,7 mil veículos em janeiro, uma alta de 5% na comparação com o mesmo mês de 2022. Leite considerou o resultado um “discreto aumento que precisa, de toda forma, ser comemorado”.
O avanço também se deve a uma base pequena de comparação. Segundo o executivo, a produção de veículos no primeiro mês do ano seguiu o ritmo de um período marcado por incertezas na esfera da política macroeconômica e pela demanda mais fraca, provocada por concentração de gastos no orçamento das famílias, como IPTU e matrículas nas escolas.
A indústria de caminhões também registrou desaceleração em razão da queda de demanda. No início de janeiro, entrou em vigor nova regra de emissões para veículos pesados. Como sabiam que a inclusão de equipamentos de controle de emissões provocaria aumento de preços nos novos veículos, os frotistas anteciparam as compras no fim do ano passado.
A exportação de veículos seguiu em janeiro a tendência de crescimento registrada nos meses anteriores. O embarque de 33 mil unidades representou um avanço de 19,3% em relação a janeiro de 2022.
O mercado da Argentina, que registrava tendência de queda até o fim de 2022, reagiu no mês passado. Por outro lado, Leite disse estar preocupado com uma retração média de 20% em dois mercados importantes: Chile e Colômbia.
A receita obtida com a exportação de veículos somou US$ 709,1 milhões em janeiro, alta de 28%. O nível de estoques manteve-se praticamente inalterado no primeiro mês do ano em relação ao fim de 2022.
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