Vendas do comércio caem 2,6% em dezembro, diz IBGE
Comércio brasileiro cresceu 1,0% em 2022. — Foto: Lívia Ferreira / g1 PI
As vendas do comércio tiveram uma forte queda de 2,6% em dezembro frente a novembro, segundo dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) divulgados nesta quinta-feira (9).
Apesar da baixa registrada no último mês do ano, o comércio fechou o ano de 2022 com uma alta de 1%. Já em relação a dezembro de 2023, o avanço foi menos expressivo: 0,4%.
No comércio varejista ampliado — que inclui veículos, motos, partes e peças, e material de construção — o comércio varejista teve alta de 0,4% em dezembro frente a novembro. Ante o mesmo mês de 2023, caiu 0,6% e acumulou queda de também 0,6% em todo o ano de 2022.
O comércio varejista teve seu segundo mês consecutivo de queda em dezembro, mas a baixa de 2,6% observada no mês foi a maior do ano. De acordo com o IBGE, o resultado foi impactado principalmente pelos setores de hiper e supermercados, produtos alimentícios e bebidas, e outros artigos de uso pessoal e doméstico.
Ainda segundo o instituto, o crescimento de 1% registrado pelo varejo ao longo do último ano foi o menor desde 2016. Na ocasião, as vendas recuaram 6,2%, perdendo, inclusive, para o período de pandemia de Covid-19.
O volume de vendas do comércio varejista recuou em sete dos oito grupos pesquisados no último mês de 2022. O gerente da pesquisa afirma que esse resultado se deve, principalmente a uma sequência de Black Friday e Natal mais fracos do que era esperado.
Confira a variação de todas as atividades em dezembro:
O especialista destaca que, além do crescimento tímido, ele também é bastante concentrado.
O grupo de combustíveis e lubrificantes foi o que mais cresceu em 2022, 💥️com uma alta acumulada de 16,6%, e é um dos únicos dois grupos que tiveram variações positivas na casa dos dois dígitos — o segmento de livros, jornais, revistas e papelaria cresceu 14,8%.
Segundo Santos, os combustíveis passaram a ter uma trajetória de alta apenas em julho do ano passado, quando houve mudança na política de preços do governo. "No caso do setor de livros, o crescimento é associado ao retorno da circulação de pessoas e das aulas presenciais. Essa atividade não acumulava alta, frente ao ano anterior, desde 2013", explica o IBGE.
O grupo com maior peso na pesquisa do comércio, de hiper e supermercados, encerrou o ano com alta de 1,4%, apesar de recuar nos últimos dois meses.
Completam a lista das altas em 2022 os grupos de artigos farmacêuticos, médicos, ortopédicos e de perfumaria, que subiu 6,3% no ano, e de equipamentos e material para escritório, informática e comunicação, com alta de 1,7%.
Tecidos, vestuários e calçados, móveis e eletrodomésticos e outros artigos de uso pessoal e doméstico foram os grupos que recuaram no ano passado, com quedas de 0,5%, 6,7% e 8,4%, respectivamente.
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