Após post em rede social, polícia abre inquérito para investigar denúncia de transfobia contra médica

Post de médica de Mogi das Cruzes em rede social — Foto: Reprodução/rede social 1 de 1 Post de médica de Mogi das Cruzes em rede social — Foto: Reprodução/rede social

Post de médica de Mogi das Cruzes em rede social — Foto: Reprodução/rede social

Depois de um pedido do Ministério Público, a Polícia Civil instaurou um inquérito para investigar uma publicação de uma médica em uma rede social. Fernanda Zanetta fez um post a respeito de uma notícia sobre transição de gênero de crianças e adolescentes no Hospital das Clínicas da USP com frases como: "isso não é normal" e "quem estiver de acordo com um absurdo desse, pode procurar tratamento sério". A defesa da médica afirma ela não foi preconceituosa e que medidas judiciais serão tomadas💥️ (veja detalhes abaixo).

Os comentários foram feitos nos "stories", publicações que ficam visíveis por apenas 24 horas. A postagem trazia imagem de uma matéria publicada pelo 💥️g1💥em 29 de janeiro, Dia da Visibilidade Trans. O texto reporta que 280 crianças e adolescentes trans fazem transição de gênero gratuitamente no Hospital das Clínicas (HC) da Universidade de São Paulo (USP), na capital paulista.

O delegado do 1º Distrito Policial de Mogi das Cruzes, Francisco Del Poente, informou nesta quarta-feira (8) que instaurou o inquérito policial e que investiga o caso. Segundo o delegado, nesta etapa inicial estão sendo providenciadas as intimações para ouvir os envolvidos. O pedido de abertura de inquérito foi feito pelo promotor de Justiça de Mogi das Cruzes, Leandro Bakowski.

Gustavo Don, membro do Fórum LGBTQIAP+ de Mogi e conselheiro estadual dos Direitos da População LGBT de São Paulo , vinculado a Coordenação de Políticas para a Diversidade Sexual do Estado de São Paulo, fez a denúncia ao Ministério Público. Ele recebeu um print da publicação e depois compartilhou nas redes sociais com uma nota de repúdio.

“Acho importante a abertura da investigação para ver se de fato se enquadra no crime de transfobia. No nosso entendimento tem indício de enquadramento e, se for assim, ela precisa se responsabilizar pela fala”, diz Don.

O conselheiro destaca que é fundamental combater a transfobia com educação e informação, mas em casos onde o preconceito é disseminado acionar os órgãos competentes é fundamental. “Era importante reforçar que além da investigação é a pessoa se retratar pelo comentário que fez. É importante se arrepender e buscar caminhos para não discriminar mais.”

O advogado Renan Farah, responsável pela defesa da médica, completou que "Inicialmente cumpre destacar que em nenhum momento a declarante foi preconceituosa em qualquer nível. Apenas se manifestou sobre a matéria publicada no g1 a respeito da idade das crianças e adolescentes que poderão ser submetidas a bloqueadores hormonais no HC da USP."

💥️Veja nota da defesa na íntegra:

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