Mortes no terremoto da Turquia e da Síria passam de 23 mil, e sobreviventes são retirados com vida mais de cem horas sob escombr
O total de mortos na Turquia e na Síria devido ao terremoto de magnitude 7,8 da última segunda-feira passou de 22 mil; só no território turco foram 18,9 mil mortos, e, no sírio, mais de 3 mil.
O tremor ocorreu a 10 km da superfície, o que significa baixa profundidade e maior potencial de destruição, e o raio de alcance foi de 250 km; houve mais de 90 réplicas.
Condições climáticas desfavoráveis, com o inverno no hemisfério norte, dificultam os trabalhos de buscas.
Apesar das dificuldades, crianças e famílias inteiras chegaram a ser retiradas dos escombros com vida. Veja na reportagem vídeo dos resgates.
Cem horas de angústia e desespero, centenas de toneladas de escombros, um número de vítimas cada vez maior, resgates emocionantes e a dificuldade para a chegada de ajuda.
É com este balanço que o sul da Turquia e o norte da Síria fecham uma das piores semanas na história na região, após o terremoto de magnitude 7,8 que atingiu o local na segunda-feira (6).
O avanço das mortes tornou este terremoto💥️ o 💥️pior e mais mortal dos últimos 80 anos - superando outro tremor em território turco em 1999, que teve 17 mil mortos - e o 💥️sétimo mais mortal do mundo (veja aqui a lista completa dos últimos 20 anos).
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Escavadeira prepara sepulturas para as vítimas do terremoto em Hatay, Turquia — Foto: REUTERS/Umit Bektas
Até agora, estas são as💥️ principais informações sobre o terremoto:
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Menina em local de prédio que desabou após terremoto na Turquia — Foto: REUTERS/Dilara Senkaya
Menina em local de prédio que desabou após terremoto na Turquia — Foto: REUTERS/Dilara Senkaya
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Mulher se desespera após terremoto que deixou milhares de mortos na Turquia. — Foto: REUTERS/Kemal Aslan
Também nesta sexta-feira (10), a ajuda humanitária começou a chegar na Síria - 💥️a região afetada pelo terremoto nesse país é controlada por rebeldes, rivais ao presidente do país, Bashar al-Assad, que é quem oficialmente recebe toda a ajuda enviada por outros países.
💥️Bashar al-Assad, que visitou nesta sexta à região,💥️ é acusado de não estar distribuindo a ajuda por conta da rivalidade.
Por enquanto, 💥️o socorro na parte síria afetada pelo terremoto é feita quase toda por cerca de 3.000 Capacetes Brancos, o grupo de voluntários que atuam no país há anos.
Para acelerar o socorro à Síria, a ONU abriu nesta sexta-feira um corredor humanitário entre o sul da Turquia e o norte sírio. Ancara afirmou também estar estudando abrir as fronteiras na região para facilitar a entrada de ajuda no país vizinho. A OMS disse nesta sexta que os recursos de resgate e manutenção das operações na Síria estão perto de terminar.
Apesar de todas as dificuldades, as equipes de busca têm conseguido fazer resgates bem-sucedidos e emocionantes, superando expectativas.
Nesta sexta, uma mulher e seu bebê de apenas dez dias foram resgatados com vida após ficarem mais de cem horas sob os escombros, segundo o governo turco.
Ao longo da semana, o trabalho das equipes de resgate também gerou histórias de superação e outras devastadoras, entre elas:
💥️SAIBA MAIS:
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Mulher se senta em meio aos escombros em Nurdagi, arredores da cidade de Osmaniye, sul da Turquia, nesta terça (7) — Foto: Khalil Hamra/AP
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Carros e edifícios destruídos em Kahramanmaras, Turquia, nesta terça-feira (7) — Foto: Adem Altan/AFP
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Mulher chora após terremoto em Hatay, Turquia, nesta terça (7) — Foto: Umit Bektas/Reuters
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Mulher segura uma criança perto de escombros em Gaziantep, Turquia, nesta terça-feira (7) — Foto: Suhaib Salem/Reuters
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Mulher se senta em meio aos escombros após terremoto em Gaziantep, Turquia, nesta terça (7) — Foto: Suhaib Salem/Reuters
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Homens observam destruição após terremoto na cidade de Aleppo, norte da Síria, nesta terça-feira (7) — Foto: Louai Beshara/AFP
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Imagem aérea de um prédio destruído em Hatay, Turquia, nesta terça (7) — Foto: Umit Bektas/Reuters
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Equipes de resgate procuram pessoas nos escombros de um prédio destruído em Adana, sul da Turquia, nesta terça-feira (7) — Foto: Hussein Malla/AP
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Incêndio no porto de Iskenderun, no sul da Turquia, nesta terça-feira (7) — Foto: Serdar Ozsoy/Depo Photos via AP
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Equipes de resgate procuram pessoas nos escombros de um prédio destruído em Adana, sul da Turquia, nesta terça-feira (7) — Foto: Hussein Malla/AP
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Equipes de resgate procuram pessoas nos escombros de prédios destruídos em Aleppo, Síria, nesta terça-feira (7) — Foto: Omar Sanadiki/AP
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Pessoas procuram sobreviventes entre os escombros de edifícios destruídos após terremoto em Kahramanmaras, Turquia, nesta terça-feira (7) — Foto: Ozan Kose/AFP
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Resgate de vítimas do terremoto em Iskenderun, na Turquia, na noite desta segunda-feira (6). — Foto: Umit Bektas/Reuters
Resgate de vítimas do terremoto em Iskenderun, na Turquia, na noite desta segunda-feira (6). — Foto: Umit Bektas/Reuters
O frio extremo e a quantidade de escombros - as áreas atingidas tinham muitos edifícios - complicam os trabalhos.
O vice-presidente turco, Fuat Oktay, reconheceu esta semana que as💥️ condições climáticas severas dificultaram os resgates e o envio de ajuda às regiões afetadas.
Oktay disse que, diante das dificuldades, apenas veículos de resgate e ajuda estão autorizados a entrar ou sair de💥️ Hatay, Kahramanmaras e Adiyaman, três das províncias mais afetadas.
As operações de resgate estão se concentrando nessas três províncias e em Malatya.
Na Síria, os tremores abalaram principalmente o noroeste do país, que é 💥️controlado por jihadistas e rebeldes, o que dificulta o socorro às vítimas. Os países que não têm relação com o governo sírio estão enviando doações diretamente a ONGs para ajudar os impactados pelo terremoto.
Nesta sexta, a Organização das Nações Unidas (ONU) disse ter conseguido enviar seis funcionários à região, que coordenam trabalhos.
Os terremotos que atingiram a Síria e a Turquia nesta segunda-feira (6) deixaram brasileiros desabrigados em território turco, de acordo com o conselheiro da Embaixada do Brasil na Turquia Marcelo Viegas. Não há informações sobre brasileiros mortos ou feridos pelos tremores.
Os brasileiros Lucas Saad e Gabriela Waked estavam em Alepo, na Síria, durante o terremoto. Os dois são produtores de conteúdo e estão fazendo uma viagem longa — Gabriela está viajando há dez meses, Lucas está dando uma volta ao mundo.
Eles contaram que estavam dormindo no quarto de um hotel em Alepo quando foram acordados pelo tremor.
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