Em comunicado conjunto com Lula, Biden anuncia intenção de entrar no Fundo Amazônia
O presidente dos EUA, Joe Biden, e o presidente do Brasil, Luiz Inácio Lula da Silva, caminham juntos ao longo da colunata do Rose Garden na Casa Branca, em Washington. — Foto: Reprodução/Reuters
Em comunicado conjunto após reunião com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva nesta sexta-feira (10), o presidente americano Joe Biden anunciou, sem citar valores, a intenção de colaborar com o Fundo Amazônia.
Embora o comunicado não cite valores da colaboração norte-americana, o blog da Julia Duailib apurou que o aporte será de US$ 50 milhões (R$ 270 milhões).
O Fundo foi criado há 15 anos para financiar ações de redução de emissões provenientes da degradação florestal e do desmatamento na Amazônia. Ele reúne doações internacionais e já recebeu recursos da Noruega e Alemanha.
"Como parte desses esforços, os Estados Unidos anunciaram sua intenção de trabalhar com o Congresso para fornecer recursos para programas de proteção e conservação da Amazônia brasileira, incluindo apoio inicial ao Fundo Amazônia, e para alavancar investimentos nessa região muito importante", apontou o comunicado.
Mais cedo, o presidente Lula, questionado pela imprensa, afirmou que "acha" que os Estados Unidos vão entrar no Fundo.
"Não só acho que vão, como é necessário que participem, porque veja: o Brasil não quer transformar a Amazônia em um santuário da humanidade, mas também o Brasil não quer abrir mão de que a Amazônia é um território do qual o Brasil é soberano", completou o presidente brasileiro.
Lula e Joe Biden se encontraram na Casa Branca, residência oficial do governo norte-americano, na tarde desta sexta.
Além da intenção de entrar no Fundo Amazônia, EUA e Brasil também disseram que querem trabalhar juntos para expandir o Conselho de Segurança das Nações Unidas, incluindo assentos permanentes para países da África, América Latina e Caribe.
O objetivo, segundo o comunicado, é tornar o Conselho de Segurança mais "representativo" e "aperfeiçoar sua capacidade de responder mais efetivamente às questões prementes relacionadas à paz e à segurança globais".
No comunicado, os dois países condenaram a invasão do território ucraniano pela Rússia e usaram palavras duras, como "violações flagrantes do direito internacional", para classificar o conflito – que se estende desde fevereiro de 2022.
"Ambos os presidentes lamentaram a violação da integridade territorial da Ucrânia pela Rússia e a anexação de partes de seu território como violações flagrantes do direito internacional e conclamaram uma paz justa e duradoura", apontou o texto.
Os presidentes falaram ainda sobre a promoção da agenda dos direitos humanos por meio da cooperação em questões como:
De acordo com o comunicado, Biden aceitou o convite do presidente Lula para visitar o Brasil. A data da viagem, no entanto, não foi informada.
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