CEO da Americanas diz que lojas seguem abertas e com prateleiras cheias: ‘Entregas garantidas’

'Provavelmente, serão anos para os credores [da Americanas] receberem', diz advogado especialista em recuperação judicial — Foto: Reuters 1 de 1 'Provavelmente, serão anos para os credores [da Americanas] receberem', diz advogado especialista em recuperação judicial — Foto: Reuters

'Provavelmente, serão anos para os credores [da Americanas] receberem', diz advogado especialista em recuperação judicial — Foto: Reuters

O CEO interino da Americanas, João Guerra, afirmou que as lojas da varejista seguem abertas e com prateleiras cheias. Em comunicado divulgado nesta sexta-feira (10), Guerra fez um balanço de 30 dias desde o anúncio do rombo fiscal de R$ 20 bilhões descoberto pela empresa.

O comunicado foi divulgado em meio a registros de prateleiras vazias em lojas da rede, situação que veio à tona após a descoberta das inconsistências contábeis e o consequente pedido de recuperação judicial da companhia, que hoje tem dívidas declaradas na casa de R$ 43 bilhões.

O CEO da varejista também reafirmou o compromisso com pagamentos de salários, benefícios e direitos de funcionários. Além disso, foram anunciadas equipes de apoio nas frentes de trabalho que envolvem a recuperação judicial.

A consultoria global Rothschild & Co deve cuidar do acordo da varejista com os bancos, enquanto a consultoria Alvarez & Marsal foi anunciada especificamente para a condução do processo de recuperação judicial e de um comitê independente para apuração dos fatos.

No documento, João Guerra anunciou um projeto piloto para pagamento semanal aos lojistas que fazem parte do marketplace da Americanas.

Ele também citou o financiamento DIP de R$ 1 bilhão feito pelos acionistas de referência, que pode chegar a R$ 2 bilhões, "e que ajudará a companhia a manter o curso normal dos negócios, seu fluxo de caixa e reforçar sua liquidez".

A varejista enfrenta uma série de processos de investigação após o escândalo contábil reportado pela companhia no mês passado, quando descobriu "inconsistências em lançamentos contábeis" da ordem de R$ 20 bilhões.

A notícia deixou o mercado em polvorosa e fez com que o então presidente da companhia, Sergio Rial, e o diretor de relações com investidores, André Covre, deixassem a empresa menos de 10 dias após serem empossados.

A empresa entrou com pedido de recuperação judicial, que foi aceito no mesmo dia pelo juiz Paulo Assed Estefan, da 4ª Vara Empresarial da Comarca do Rio de Janeiro. A companhia está, agora, no chamado "prazo de blindagem", um período de 180 dias no qual todas as suas dívidas ficam suspensas.

Os credores, no entanto, continuam defendendo seus casos na Justiça. Grandes bancos como o Bradesco e o Itaú tiveram seus lucros impactados diretamente pelo 'efeito Americanas'. O Bradesco, por exemplo, registrou no quarto trimestre de 2022 o menor lucro trimestral desde 2006.

💥️Veja a cronologia dos fatos.

Em comunicado, a Americanas disse que "segue operando normalmente nas suas lojas físicas, nos sites e nos aplicativos da companhia, mantendo seu propósito de entregar a melhor experiência, e com níveis adequados de estoque próprio e também dos lojistas parceiros do marketplace".

Segundo a varejista, as empresas parceiras "seguem recebendo o repasse de suas vendas conforme calendário programado, a cada 15 dias". A empresa também disse não haver processo de desligamento em massa de funcionários.

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