Voo da FAB chega ao Brasil com afetados pelo terremoto na Turquia e na Síria

Dezessete pessoas que estavam na Turquia chegaram à Base Aérea do Galeão, no Rio de Janeiro, na madrugada deste domingo (12) em um voo da Força Aérea Brasileira.

O avião da FAB pousou por volta das 2h30. Eles voltaram na mesma aeronave que levou ajuda humanitária do Brasil para a Turquia afetada pelo terremoto de magnitude 7,8 que atingiu o país e a vizinha, Síria.

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No voo estavam: nove brasileiros, três sírios, dois turcos, dois colombianos e um egípcio. Profissionais da imprensa também fizeram a viagem, que durou cerca de 15 horas. A aeronave decolou de Ancara.

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O número de mortos nos dois países ultrapassou de 28 mil.

A ajuda humanitária começou a chegar à Turquia, mas o acesso à Síria, que está em guerra civil e onde o regime é sancionado pela comunidade internacional, é mais complicado.

Mulher chora sobre corpo de vítima encontrada em escombros causados por terremoto na Turquia — Foto: Reuters 1 de 1 Mulher chora sobre corpo de vítima encontrada em escombros causados por terremoto na Turquia — Foto: Reuters

Mulher chora sobre corpo de vítima encontrada em escombros causados por terremoto na Turquia — Foto: Reuters

O alto comissário da ONU para os Direitos Humanos, Volker Türk, pediu "um cessar-fogo imediato" na Síria para facilitar o fornecimento de ajuda.

A ONU só pode enviar ajuda às áreas controladas pelos rebeldes no noroeste por meio de uma passagem de Bab al Hawa, na fronteira com a Turquia.

Segundo as Nações Unidas, as estradas por essa passagem estão em péssimo estado, e isto complica o fornecimento de ajuda. A guerra também destruiu hospitais e provocou problemas no abastecimento de energia elétrica e água na Síria.

A diplomacia turca afirmou que está trabalhando para abrir outros dois pontos de passagem "com as regiões sob controle do governo sírio, por razões humanitárias".

Mais de 5 milhões de pessoas na Síria podem ficar desabrigadas como resultado do terremoto, alertou Sivanka Dhanapala, representante no país do Alto Comissariado das Nações Unidas para Refugiados, em Damasco.

Nos dois lados da fronteira, milhares de casas foram destruídas e as equipes de emergência intensificam os esforços, mas as possibilidades de encontrar sobreviventes são cada vez menores após o período de três dias que os especialistas consideram crucial.

O presidente turco, Reccep Tayyip Erdogan, fez uma espécie de mea culpa na sexta-feira. "Foram tantos edifícios danificados que infelizmente não conseguimos acelerar as nossas intervenções como gostaríamos", disse Erdogan durante uma visita a Adiyaman.

O terremoto foi o mais intenso na Turquia desde 1939, quando 33 mil pessoas morreram na província de Erzincan.

De acordo com os balanços oficiais mais recentes, o terremoto, de magnitude 7,8, e que foi acompanhado por mais de 100 réplicas.

A OMS calcula que 23 milhões de pessoas estão "potencialmente expostas, incluindo cinco milhões que são vulneráveis". A organização teme uma crise de saúde.

As organizações humanitárias expressaram preocupação com uma eventual propagação do cólera, doença que voltou a ser registrada na Síria.

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