Ibovespa fecha em alta, com reunião do CMN e balanços no radar

Ibovespa opera em alta nesta terça-feira. — Foto: Pixabay 1 de 1 Ibovespa opera em alta nesta terça-feira. — Foto: Pixabay

Ibovespa opera em alta nesta terça-feira. — Foto: Pixabay

O Ibovespa, principal índice da bolsa de valores de São Paulo, a B3, fechou o pregão desta segunda-feira (13) em alta. Investidores seguem à espera da primeira reunião no novo governo do Conselho Monetário Nacional (CMN) e da entrevista do presidente do Banco Central do Brasil, Roberto Campos Neto, em meio a especulações sobre possível alteração nas metas de inflação do país.

O movimento de alta foi puxado pelo setor financeiro, de maior participação no Ibovespa. Os papéis da BRF também estiveram entre os principais destaques, subindo 7,63% e liderando as maiores altas do índice na sessão.

Ao final do pregão, o Ibovespa avançou 0,70%, a 108.836 pontos. Veja mais cotações.

Na sexta-feira, o Ibovespa havia avançado 0,07%, a 108.078 pontos. 💥️Com o resultado de hoje, o índice passou a acumular uma perda de 4,12% no mês, de 0,89% no ano.

O encontro do CMN, órgão responsável por definir os objetivos oficiais de inflação, está agendado para quinta-feira (16). A reunião virá depois de notícias de que a equipe econômica do governo estaria estudando antecipar uma revisão das metas de inflação do país e possivelmente elevar o alvo a ser buscado pelo Banco Central, com boatos de que o presidente da autarquia, Campos Neto, aceitaria a mudança.

Embora as metas de inflação oficiais do país sejam comumente definidas na reunião de junho do CMN, nada impede que os objetivos sejam alterados já no encontro desta semana.

Caso o Banco Central concorde com alterações já na quinta-feira, investidores poderiam interpretar isso como fraqueza diante da pressão do governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, que tem formado um coro insistente para reclamar do patamar elevado da taxa Selic, atualmente em 13,75% ao ano, e questionar a autonomia da autarquia.

Em meio a algum nervosismo do mercado antes da reunião, Campos Neto dará entrevista ao programa Roda Viva, da TV Cultura, que irá ao ar a partir das 22h desta segunda-feira. O Banco Inter disse em nota que o mercado aguarda "seus comentários sobre os recentes ataques de Lula à sua pessoa e ao Bacen".

Os economistas do mercado financeiro elevaram as estimativas de inflação deste ano e também passaram a projetar uma queda menor da taxa básica de juros, a Selic.

Para este ano, a expectativa de inflação passou de 5,78% para 5,79% na nona alta seguida do indicador.

Em 2023, a meta central de inflação foi fixada em 3,25% pelo Conselho Monetário Nacional (CMN) e será considerada formalmente cumprida se oscilar entre 1,75% e 4,75%. Se confirmado, esse será o terceiro ano seguido de estouro da meta de inflação, ou seja, no qual o IPCA fica acima do teto fixado pelo sistema de metas. Em 2022, a inflação somou 5,79%.

Do lado dos juros, o Copom também vem sinalizando que deve manter a Selic em patamares elevados por um período mais prolongado. O mercado financeiro aumentou a expectativa para a taxa básica de 12,50% para 12,75% ao ano para o fim de 2023.

No exterior, investidores aguardam uma leitura de inflação norte-americana prevista para terça-feira (14), que pode oferecer mais pistas sobre a trajetória de aperto monetário do Federal Reserve, o Fed, BC dos EUA.

"Um dado mais forte poderá desencadear uma nova rodada de valorização do dólar e, por consequência, desvalorização das demais moedas emergentes", alertou à Reuters Victor Candido, economista-chefe da RPS Capital.

Isso porque uma inflação ainda pressionada nos EUA justificaria mais aumentos de juros por parte do Fed, o que tenderia a atrair recursos para o mercado de renda fixa norte-americano, aumentando a demanda por dólares.

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