Chefe de relações exteriores dos EUA pode encontrar ministro da China; se houver reunião, será a 1ª após incidente do balão derr
Antony Blinken, o secretário de Estado dos EUA (esse órgão é semelhante ao ministério de relações exteriores) está considerando um encontro com o ministro de Relações Exteriores da China, Wang Yi, segundo uma reportagem desta segunda-feira (13) da Bloomberg News que ouviu pessoas próximas ao secretário.
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O encontro pode ocorrer durante uma conferência de segurança na cidade de Munique, na Alemanha. Se realmente houver reunião, será a primeira vez que os diplomatas estarão frente a frente desde que os EUA começaram a derrubar objetos voadores em seu território —o primeiro deles, um balão, é supostamente um artefato para espionagem dos chineses.
Nos últimos dias, os militares dos EUA derrubaram quatro objetos voadores sobre a América do Norte. O mais recente foi no domingo, quando um objeto octogonal foi derrubado sobre o Lago Huron, disseram as Forças Armadas americanas.
1 de 1 Imagem mostra balão que sobrevoa território dos EUA e que Pentágono suspeita ser artefato de espionagem da China, em 1º de fevereiro de 2023. — Foto: Larry Mayer/The Billings Gazette via APImagem mostra balão que sobrevoa território dos EUA e que Pentágono suspeita ser artefato de espionagem da China, em 1º de fevereiro de 2023. — Foto: Larry Mayer/The Billings Gazette via AP
A China afirmou nesta segunda-feira (13) que vários balões dos EUA entraram em seu espaço aéreo desde janeiro de 2022, em resposta às acusações do governo americano de que os chineses enviaram este tipo de dispositivos para espionar o território americano.
A relação entre EUA e China se tornou ainda mais tensa depois que os americanos derrubaram, em 4 de fevereiro, um suposto aparelho de espionagem chinês, que segundo o governo da China, era um dispositivo civil.
Desde então, outros artefatos do mesmo tipo foram derrubados quando sobrevoavam os Estados Unidos e o Canadá - o governo da China admitiu apenas que o primeiro objeto era procedente do país.
O governo chinês se negou a comentar a informação e pediu que os jornalistas procurassem o ministério da Defesa, que não respondeu aos pedidos entrevista. No entanto, o governo chinês acusou Washington de enviar mais de 10 balões a seu espaço aéreo desde janeiro de 2022.
"Não é raro que os EUA entrem ilegalmente no espaço aéreo de outros países", afirmou o porta-voz do ministério das Relações Exteriores, Wang Wenbin.
"Apenas no último ano, balões americanos sobrevoaram a China mais de 10 vezes sem qualquer autorização", acrescentou.
Questionado sobre como a China respondeu às supostas incursões, Wang respondeu que a "gestão (dos incidentes) por parte de Pequim foi responsável e profissional".
"Se querem saber mais sobre balões de grande altitude americanos que entram ilegalmente no espaço aéreo da China, eu sugiro que procurem a parte americana", afirmou.
A Casa Branca e o Departamento de Estado classificaram essas alegações de "falsas" e acusaram a China de "tentar limitar os danos" provocados por "seu programa de balões de vigilância".
O governo dos Estados Unidos reforçou a vigilância do espaço aéreo, ao mesmo tempo que aumenta o número de incursões aéreas, das quais a China nega ter conhecimento.
As Forças Armadas dos EUA afirmaram no domingo que ainda não têm detalhes sobre os outros três objetos que foram derrubados: um na sexta-feira sobre o Alasca, outro no sábado sobre o território canadense de Yukon e o mais recente no domingo sobre o lago Huron.
As autoridades informaram que o objeto abatido no domingo havia sido rastreado durante quase um dia e não se parecia com o suposto balão de vigilância chinês que foi destruído na costa do Atlântico em 4 de fevereiro, depois de atravessar o país.
O presidente Joe Biden ordenou que um caça F-16 derrubasse o dispositivo por "precaução", informou uma fonte do governo.
O objeto foi descrito como uma estrutura octogonal com cordas penduradas. O dispositivo permaneceu à deriva quase 6.000 metros sobre Michigan e poderia representar um perigo para a aviação civil, segundo a fonte.
O general Glen VanHerck, chefe do Comando Norte dos EUA, disse que depois de enviar aviões para inspecionar o objeto mais recente, as Forças Armadas concluíram que não havia indícios de qualquer ameaça, assim como nos objetos anteriores.
"O que estamos vendo são objetos muito, muito pequenos que produzem uma seção transversal de radar muito, muito baixa", disse.
Sem descrever a forma ou o tamanho dos objetos, ele disse que eles se deslocavam muito lentamente, na velocidade do vento.
As especulações sobre sua natureza dos objetos dispararam nos últimos dias. "Vou deixar que a comunidade de inteligência e a comunidade de contrainteligência averiguem", disse VanHerck.
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