Como vem a Mangueira? Estação Primeira vai usar muita cor para destacar as mulheres africanas que foram parar na Bahia

Mangueira vai destacar o trabalho de mulheres negras que se destacam nos cortejos de blocos e afoxés afros na Bahia — Foto: Alba Valéria Mendonça/g1 Rio 1 de 4 Mangueira vai destacar o trabalho de mulheres negras que se destacam nos cortejos de blocos e afoxés afros na Bahia — Foto: Alba Valéria Mendonça/g1 Rio

Mangueira vai destacar o trabalho de mulheres negras que se destacam nos cortejos de blocos e afoxés afros na Bahia — Foto: Alba Valéria Mendonça/g1 Rio

As mulheres negras estão com tudo, este ano, no carnaval da Estação Primeira de Mangueira. A escola vai abordar as 💥️várias tribos africanas escravizadas que desembarcaram na Bahia. E a partir da dor e do sofrimento, levantaram questões sociais através de manifestações carnavalescas pretas e femininas.

Sexta e última escola a desfilar no Domingo de Carnaval (19), a Mangueira vai defender o enredo "As Áfricas que a Bahia canta", da dupla de carnavalescos 💥️Annik Salmon e 💥️Guilherme Estevão.

💥️Leia também:

Mangueira vai usar muitas cores para valorizar a beleza negra feminina, como no chapéu de uma fantasia — Foto: Alba Valéria Mendonça/g1 Rio 2 de 4 Mangueira vai usar muitas cores para valorizar a beleza negra feminina, como no chapéu de uma fantasia — Foto: Alba Valéria Mendonça/g1 Rio

Mangueira vai usar muitas cores para valorizar a beleza negra feminina, como no chapéu de uma fantasia — Foto: Alba Valéria Mendonça/g1 Rio

Esse protagonismo vai ser contado cronologicamente, através dos cortejos afros baianos do século 19 até os dias de hoje. A começar pelo 💥️cucumbi, uma dança do Congo, que na Bahia ganhou uma peculiaridade: a figura central era uma mulher, uma rainha.

"A mulher negra é a protagonista do nosso enredo. A gente vai contar a história dessas mulheres, oriundas de tribos africanas, que chegaram à Bahia escravizadas, mas que não se calaram. Ao contrário, foram rainhas de blocos e afoxés baianos. A Mangueira vai reposicionar o papel de liderança dessa mulher preta que foi apagada da História", afirmou Guilherme.

Mas um reposicionamento com muita alegria, como defende Annik Salmon.

Mangueira vai usar muitas cores para contar a história dos cortejos afro que deram origem aos blocos e afoxés baianos — Foto: Alba Valéria Mendonça/g1 Rio 3 de 4 Mangueira vai usar muitas cores para contar a história dos cortejos afro que deram origem aos blocos e afoxés baianos — Foto: Alba Valéria Mendonça/g1 Rio

Mangueira vai usar muitas cores para contar a história dos cortejos afro que deram origem aos blocos e afoxés baianos — Foto: Alba Valéria Mendonça/g1 Rio

Por esse cortejo, seguem o 💥️Clube dos Negros Uniformizados, criado pós-abolição, que também tinha uma rainha; os 💥️afoxés e 💥️candomblés de rua, criados por mães de santo; o primeiro bloco afro do Brasil, o 💥️Ilê Aiyê, cujo centenário da matriarca, 💥️Hilda Jitolu, foi comemorado em janeiro.

Outros blocos, como 💥️Muzenza, 💥️Didá e 💥️Araketu vão desfilar pela Sapucaí, dando uma mostra da importância da mulher em novas construções rítmicas e em manifestações de valorização da beleza negra, como o concurso 💥️Deusa do Ébano.

"A Mangueira vai cantar e mostrar a negritude em forma de realeza: vitoriosa, que conquistou seu lugar na cultura brasileira. E gente vai mostrar que essa herança, esse legado está na Mangueira, onde o Rio é mais baiano", disse Guilherme.

Uma das alegorias da Mangueira vai trazer uma mandala com os símbolos dos orixás africanos — Foto: Alba Valéria Mendonça/g1 Rio 4 de 4 Uma das alegorias da Mangueira vai trazer uma mandala com os símbolos dos orixás africanos — Foto: Alba Valéria Mendonça/g1 Rio

Uma das alegorias da Mangueira vai trazer uma mandala com os símbolos dos orixás africanos — Foto: Alba Valéria Mendonça/g1 Rio

Annik contou que a Mangueira vai desfilar grandiosa, colorida, com muita estampa exclusiva nas fantasias. Ela promete muito verde e rosa, mas também tem muita cor para representar as tribos africanas e o carnaval da Bahia.

Além de representantes dos vários blocos e afoxés, a presença feminina vai dominar o cenário. Inclusive na bateria da escola, com um naipe de xequerês, tocado por 💥12 mulheres.

Para contar a história da estrutura dos cortejos, a Verde e Rosa também vai usar muita coreografia em alas e nas alegorias. O desfile vai ser encerrado por um trio elétrico baiano, que terá como destaque a cantora baiana Margareth Menezes, atual ministra da Cultura.

E a escola só não vai contar com mais celebridades do carnaval baiano porque 2023 é o ano da retomada do carnaval de rua em Salvador — suspenso há dois anos por causa da pandemia.

"Mas vamos usar muita coreografia e cenografia. A escola se sente representada com esse enredo e feliz. A comunidade da Mangueira desfila mais feliz quando entende o que está cantando", disse a carnavalesca.

O que você está lendo é [Como vem a Mangueira? Estação Primeira vai usar muita cor para destacar as mulheres africanas que foram parar na Bahia].Se você quiser saber mais detalhes, leia outros artigos deste site.

Wonderful comments

    Login You can publish only after logging in...